A 4ª sessão do julgamento em que Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e mais oito elementos da claque do FC Porto são acusados de terem agredido adeptos do Benfica e polícias num jogo de hóquei em patins entre os dois emblemas realizado em 2018 contou com o testemunho de um polícia que desde 2008 fazia parte da equipa de Spotters da PSP e que estava encarregue da equipa escalada para fazer a segurança do evento.
Testemunho do Polícia sobre Falta de Cooperação
O polícia testemunhou sobre a falta de cooperação do líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, no fornecimento de informações cruciais para a logística de segurança no evento. O polícia afirmou: «Os indícios de que estavam a ser preparados atos de violência junto à sede dos Super Dragões eram elevados, seja pela movimentação dos elementos da claque, mas porque estavam vestidos com cores escuras e carapuços para não serem identificados».
O agente da PSP revelou o impacto negativo que o incidente teve na sua vida, mencionando: «Eles são abusadores e desde esse jogo que sou perseguido. Afetou-me imenso a nível financeiro, uma vez que já nem sequer posso ir ao estádio. Sou constantemente ameaçado. Sofri danos e continuo a ser perseguido».
Descrição do Chefe das Forças de Segurança
Durante a sessão, o chefe das forças de segurança detalhou os movimentos dos adeptos portistas e benfiquistas antes do jogo, destacando a violência que ocorreu na estação do Metro do Dragão. Ele descreveu os momentos de caos: «Quando os adeptos do FC Porto se aperceberam que os do Benfica tinham chegado à plataforma do metro houve uma corrida desenfreada e vários polícias foram atingidos. Foi muito grave. Fui atingido com uma pedra, mas vi outros elementos das forças de segurança a serem atingidos, a ficarem feridos e a deitarem muito sangue».
Interrupções na Sessão do Julgamento
A sessão foi interrompida várias vezes devido a comentários dos arguidos e interações entre o chefe da polícia e os advogados de defesa. O juiz teve que intervir para manter a ordem na sala, reiterando a necessidade de respeito e objetividade durante o julgamento.
A próxima sessão do julgamento está marcada para o dia 18 de março, onde serão analisadas as imagens das câmaras de segurança e todos os arguidos, incluindo Fernando Madureira, estarão presentes, mesmo que por vídeo-conferência.