A súmula da sentença revela que César Boaventura estabeleceu ligações pessoais e profissionais com Luís Filipe Vieira, presidente do Conselho de Administração da Sport Lisboa e Benfica — Futebol, SAD. O juiz ressalta que o arguido manteve uma relação próxima e de confiança com Vieira, trocando frequentemente mensagens relacionadas com assuntos profissionais e de futebol.
De acordo com o acórdão, foram provados os contactos de Boaventura com o antigo jogador do Rio Ave, Lionn. Boaventura teria proposto um pagamento inicial de 80 mil euros, posteriormente aumentado para 100 mil euros. Além disso, o empresário ofereceu 60 mil euros a Cássio e Marcelo, também jogadores do Rio Ave. O guarda-redes Salin, do Marítimo, teria recebido uma proposta de um contrato na liga turca, com um salário anual de 300 mil euros.
O tribunal concluiu que a intenção de influenciar os jogadores por parte de César Boaventura era efetiva, considerando-o culpado de corrupção. No entanto, a pena aplicada foi atenuada pelo facto de não se terem verificado consequências práticas nos jogos relacionados com as ações do empresário.
É importante ressaltar que o Benfica não esteve envolvido neste processo, pois não foi provado que o agente tenha agido em conjunto com os responsáveis do clube.