O Tribunal de Matosinhos condenou o empresário de futebol César Ventura a uma pena de prisão cumulativa de três anos e quatro meses, com execução suspensa, por três crimes de corrupção ativa no desporto. A decisão foi baseada no fato de que Ventura aliciou jogadores do Rio Ave com contrapartidas financeiras e contratuais para facilitar um jogo contra o Benfica. O tribunal considerou credíveis os testemunhos dos jogadores e concluiu que os crimes foram cometidos. No entanto, o empresário foi ilibado de um quarto crime de corrupção tentada envolvendo o guarda-redes do Marítimo Roman Salin.
Embora o Benfica não esteja implicado no processo, o acórdão menciona a relação de proximidade que César Boaventura tinha com o ex-presidente Luís Filipe Vieira. Segundo o juiz, ambos falavam frequentemente de assuntos profissionais e relacionados com o futebol.
Após a leitura do acórdão, o advogado de Boaventura anunciou que irá recorrer da sentença para uma instância superior. 'Há uma coisa indiscutível, as três testemunhas que vieram prestar depoimento fizeram-no de forma contraditória. A questão que se pode colocar é se essas contradições são, ou não, suficientes para por em causa a credibilidade desses depoimentos. O Tribunal teve fé no depoimento dessas pessoas, vamos ver se um tribunal superior também continua a ter essa fé', disse o advogado.