José Mota, treinador do Farense, mostrou-se descontente com a atenção mediática dada a um alegado insulto racista dirigido a Chiquinho, jogador do Benfica emprestado ao Farense, durante o empate contra o Famalicão. O treinador considera que o caso não tem grande significado em comparação com o golo anulado da sua equipa.
Mota afirmou: 'Não me apercebi absolutamente de nada. Se realmente existiu alguma coisa nesse sentido, tem de ser penalizado, como é óbvio. Mas vocês conhecem o São Luís, as pessoas de Faro são respeitadoras, são boas e gostam de futebol. Se calhar, amanhã, vocês vão realçar mais um caso, no meu ponto de vista, sem grande significado, do que o caso do nosso golo [anulado]. Fizemos dois golos, merecíamos ter ganhado, porque fizemos dois e acabámos por empatar. Esse caso era importante que vocês frisassem.'
O treinador do Farense argumentou que a atenção deveria estar no golo anulado da sua equipa: 'Marcámos dois golos que deviam valer, mas afinal só valeu um'. José Mota acredita que o golo anulado da equipa deveria ter recebido mais destaque na imprensa, uma vez que considera que a vitória do Farense foi prejudicada por este lance.
As declarações de José Mota refletem a frustração da equipa do Farense perante o resultado do jogo, mas também levantam a questão sobre o tratamento dado a incidentes de natureza racial no futebol português. Embora o treinador reconheça a importância de punir qualquer comportamento racista, ele questiona se esses casos devem receber mais atenção do que decisões técnicas que podem influenciar o resultado de um jogo.
O empate contra o Famalicão deixa o Farense na 17ª posição da tabela classificativa, com 19 pontos, apenas um ponto acima da zona de despromoção. A equipa de José Mota procura agora recuperar pontos nas próximas jornadas para garantir a sua permanência na Primeira Liga.