O Benfica entrou em campo contra o Burnley na última terça-feira com um histórico positivo na pré-temporada, tendo marcado 11 golos nos quatro primeiros jogos. No entanto, frente ao adversário inglês, a equipa mostrou falta de instinto fatal, não conseguindo converter as oportunidades em golos. O Burnley, por sua vez, soube aproveitar o que teve e garantiu a vitória com justiça.
Durante o jogo, o Benfica mostrou ser uma equipa capaz de jogar um futebol bonito, com organização e criatividade. No entanto, faltou o momento certo de decisão na hora de concluir as jogadas na área adversária. Pareceu uma equipa romântica, que sabe criar e adornar, mas que não tem a frieza necessária para finalizar.
Apesar dos bons resultados na pré-temporada, é importante destacar que estes jogos servem para afinar o processo de jogo. O Benfica mostra-se fisicamente saudável e com uma qualidade técnica evidente. A equipa está bem oleada, tanto defensivamente como ofensivamente, e conta com jogadores de talento, como Rafa, João Mário, Kokçu, David Neres e o inigualável Dí Maria. No entanto, falta aquela eficácia na hora de marcar golos que o futebol exige.
É possível que o treinador Roger Schmidt não esteja muito preocupado com esse problema, mas os adeptos do Benfica certamente estão. A equipa fez uma média superior a dois golos por jogo na última temporada, mas é necessário encontrar soluções para aumentar essa eficácia.
No jogo contra o Burnley, a pressão alta do Benfica não funcionou tão bem como em outras ocasiões. A boa organização da equipa inglesa dificultou a saída de bola dos encarnados. Por outro lado, a pressão alta do Burnley causou problemas na saída de bola do Benfica, obrigando os jogadores a correrem riscos ou a procurarem rapidamente espaços seguros para passar a bola.
É importante que o Benfica não se agarre apenas a clichés e entenda que marcar golos vai além de jogar muito para a frente. É necessário ter frieza, instinto, veneno e sentido predador na hora de finalizar as jogadas. A pressão alta é um momento crucial que exige uma orquestra afinada e jogadores disciplinados e intensos.
No final das contas, o jogo contra o Burnley foi apenas um jogo de pré-temporada e uma andorinha só não faz a primavera. No entanto, é necessário que o Benfica analise os pontos fracos e trabalhe para melhorar a eficácia no ataque. A equipa tem jogadores promissores e talentosos, mas é preciso que todos estejam afinados para garantir os resultados desejados.