Na terceira parte da entrevista exclusiva concedida à Bola, José Morais, treinador com vasta experiência internacional, relembra os confrontos na Liga dos Campeões asiática entre o Jeonbuk Motors, equipa sul-coreana que treinava na altura, e o Beijing Guoan, onde Roger Schmidt era o treinador.
Questionado sobre a sua opinião acerca do trabalho de Schmidt, Morais foi cauteloso: "Não vou tecer grandes considerações sobre um colega, mas eu defrontei o treinador atual, a quem eu desejo todas as felicidades no Benfica, na Champions da Ásia. E, provavelmente, ele sabe quem eu sou, porque não foi fácil defrontar-me..."
Morais explica que os confrontos aconteceram em 2019, na fase de grupos da competição, e que venceu ambos os jogos: "Ganhei os dois jogos, por 1-0 e 3-1." No entanto, o treinador não faz qualquer crítica a Schmidt: "Eu não tenho crítica alguma! Aliás, não tenho esse espírito. Compreendo o que é ser treinador de futebol num grande clube e sei que não é uma tarefa fácil. O meu pensamento não é voltado para o sentido crítico, é voltado para o sentido construtivo."
Morais evita comentar sobre o que correu mal nesta Liga dos Campeões, afirmando que não lhe compete falar sobre o assunto: "Eu, como adepto, olho para o jogo, para as equipas. E algumas equipas que têm mais qualidade e possibilidades do que outras. Mas, enquanto treinador, obviamente que tenho de respeitar o colega treinador que está no cargo e apoiar. Se me pergunta o que correu mal, eu não sei, porque não estou no clube, não estou lá dentro."
José Morais, natural de Golungo Alto, Angola, tem uma carreira extensa como treinador, tendo passado por várias equipas em diferentes países. Entre os seus títulos destacam-se a Taça da União Árabe, o Campeonato da Tunísia, o Campeonato da Coreia do Sul e a Supertaça da Arábia Saudita.