O AVS, atual lanterna-vermelha da I Liga, anunciou José Mota como o seu novo treinador, na terceira alteração no comando técnico esta temporada. Mota substitui Rui Ferreira, que foi demitido após a derrota em casa frente ao Boavista, resultado que atirou o AVS para a zona de despromoção, ocupando agora o 17.º lugar com 24 pontos.
A estreia de José Mota será um jogo crucial fora de casa contra o Estrela da Amadora, uma equipa em zona de salvação e que está cinco pontos acima do AVS. A situação é crítica para a equipa de Vila das Aves, que precisa urgentemente de somar pontos nas duas jornadas finais para evitar a descida à Liga 2. Mota, que já conhece o clube, tem a tarefa de trazer uma nova dinâmica e motivação nesta fase decisiva.
Regresso a casa e desafios anteriores
José Mota tem uma longa carreira no futebol português, tendo conquistado a Taça de Portugal com o Desportivo das Aves em 2017/18. Após passagens pelo Farense e, mais recentemente, pelo Leixões, onde garantiu a manutenção na II Liga, Mota regressa a uma divisão que bem conhece. A passagem do seu antecessor, Rui Ferreira, foi insustentável: esteve no comando do AVS a partir da 21.ª jornada e somou apenas uma vitória em 11 jogos, uma série de resultados negativos que precipitou a sua saída.
Instabilidade no comando técnico da I Liga
A mudança de treinador no AVS não é um caso isolado nesta temporada da I Liga. Equipas como Boavista, Gil Vicente e até o campeão Sporting também já alteraram os seus comandos técnicos. Esta instabilidade reflete a intensa luta pela manutenção que se vive em várias equipas do campeonato.
De facto, esta época tem sido marcada por um fenómeno inédito, com os três grandes (Benfica, Sporting e FC Porto) a mudarem de treinador. O Benfica foi o primeiro, substituindo Roger Schmidt por Bruno Lage. O Sporting viu Rúben Amorim sair para o Manchester United, e o FC Porto também efetuou alterações na sua equipa técnica.
Pressão e futuro incerto
Numa temporada onde 14 dos 18 clubes da Primeira Liga já mudaram de treinador, a pressão por resultados imediatos é enorme. Para o AVS, o tempo é curto e as próximas partidas são autênticas finais para garantir a permanência na I Liga. José Mota estará sob forte escrutínio dos adeptos e da direção, ciente de que a sobrevivência do clube na maior divisão do futebol português depende de um desempenho eficaz nas jornadas que faltam.