Momentos polémicos na arbitragem analisados pelo Juízo Final

  1. Programa da SportTV+ detalha lances controversos
  2. Vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF analisou lances
  3. Penálti assinalado ao FC Porto considerado decisão correta
  4. Golo anulado ao Farense considerado mão acidental
  5. Golo anulado ao Arouca considerado decisão errada
  6. Falta não assinalada no Arouca considerada difícil de provar

Programa da SportTV+ detalha lances controversos


O programa Juízo Final da Sport TV+ analisou recentemente alguns dos lances e áudios que maior dificuldade de interpretação provocaram às equipas de arbitragem e respetivas equipas de VAR e AVAR durante a época futebolística.

Numa análise conduzida por João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, foram destacados três momentos específicos que geraram incerteza quanto às decisões tomadas, bem como um comentário sobre o lance entre Francisco Conceição e Charles.

Penálti assinalado ao FC Porto


O primeiro lance em análise foi a grande penalidade assinalada ao FC Porto, por falta de Charles sobre Francisco Conceição, no jogo entre FC Porto e Vitória SC (3-1), a contar para a Taça de Portugal. Neste caso, o árbitro Artur Soares Dias validou prontamente a decisão do VAR, Fábio Melo, que recomendou a marcação da grande penalidade.

Segundo João Ferreira, «O lance é muito rápido e a interpretação no campo foi do que o guarda-redes joga a bola. O atacante do FC Porto, muito ágil, foi abalroado pelo guardião e é infração. É falta e sem cartão. Foi uma decisão correta e rápida.»

Golo anulado ao Farense


O segundo lance em análise foi o golo anulado ao Farense, por mão na bola de Bruno Duarte, no jogo Farense - Boavista (2-0). Neste caso, o árbitro Iancu Vasicilica acatou a recomendação do VAR, Hugo Miguel, para cancelar o golo devido à infração na fase de ataque.

Contudo, João Ferreira considerou que «Gostava de não ter visto intervenção do VAR e que o golo fosse validado. Não há nenhum gesto deliberado de jogar a bola com a mão, é sim um conjunto de ressaltos. A lei diz que só é infração se for o próprio jogador a fazer o golo imediatamente a seguir. É uma mão acidental.»

Golo anulado ao Arouca


O terceiro lance em análise foi o golo anulado ao Arouca, por mão na bola de Rafa Mujica, no jogo Arouca - Boavista (2-1). Neste caso, o árbitro Carlos Macedo aceitou a recomendação do VAR, Miguel Nogueira, para não invalidar o golo, uma vez que a mão na bola não foi do jogador que marcou o golo.

Segundo João Ferreira, «Quando é uma mão acidental, que é o caso, isto não constitui infração. Só seria infração se fosse ele [Mujica] a marcar. Golo é legal e a intervenção não é correta.»

Falta não assinalada no Arouca


Por fim, foi também analisado o lance de possível falta no segundo golo do Arouca em Barcelos, no jogo Gil Vicente - Arouca (2-2). Neste caso, o árbitro Gustavo Correia não aceitou a recomendação do VAR, Rui Costa, para rever o lance, uma vez que as imagens disponíveis não permitiam comprovar a infração.

João Ferreira comentou que «O protocolo fala nisto. Quando as imagens não provam o erro, o árbitro não deve mudar a decisão. As imagens estão muito longe e quando aplicamos a ferramenta de zoom distorce. Mas um jogador ao mandar o braço para trás e o defensor, para cair daquela forma, deve ter acontecido alguma coisa. Mas há dificuldade em provar. Parece haver infração e a intervenção do VAR foi ajustada.»

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