O intenso playoff entre Vizela e AVS chegou ao fim com o AVS a garantir a permanência na I Liga, após um empate a 2-2 no segundo jogo, resultado que, combinado com a vitória por 3-0 no primeiro jogo, selou a manutenção. A partida decisiva, repleta de emoção e reviravoltas, deixou o Vizela sem o desejado regresso à elite do futebol português.
A resiliência e a estratégia do AVS foram postas à prova, mas a equipa demonstrou a força mental necessária para controlar a vantagem conquistada no primeiro confronto. O Vizela, por sua vez, lutou até ao fim, mas não conseguiu superar a solidez do adversário.
Análise Tática e Mental
Em declarações após a partida, Paulo Sousa, treinador adjunto do AVS, destacou a importância dos pormenores e da força mental da sua equipa. “Pode-se dizer que foi uma eliminatória definida nos pequenos pormenores, nos detalhes. Soubemos ter respeito pelo Vizela. Sabíamos a qualidade dessa equipa, não é por acaso que vinham de uma série de jogos sem perder”, afirmou Sousa.
O técnico adjunto realçou ainda a capacidade da sua equipa em lidar com a pressão: “Fomos uma equipa que no conjunto dos dois jogos fomos muito fortes em termos mentais e coletivamente.”
O Início Promissor do Vizela
O Vizela entrou forte na partida, alimentando a esperança de uma reviravolta. Um autogolo de Fernando Fonseca, logo aos 15 minutos, colocou o Vizela em vantagem, incendiando as bancadas e criando a ilusão de uma possível recuperação.
No entanto, um erro de Thio permitiu que Tunde Akinsola empatasse a partida perto do intervalo, um golo que teve um forte impacto no ânimo da equipa da casa. Paulo Sousa comentou sobre a capacidade da sua equipa em manter a calma: “Os nossos jogadores, hoje, souberam controlar-se em termos emocionais, mesmo depois de sofrer o golo.”
A Reviravolta do AVS
A segunda parte trouxe um aumento da intensidade e um duro golpe para as aspirações do Vizela. Gustavo Assunção, com um golo de calcanhar aos 65 minutos, consumou a reviravolta para o AVS.
“Conseguimos chegar ao resultado, penso que somos uns justos vencedores, somos a primeira equipa da Liga a ficar nos play-off”, salientou Paulo Sousa, expressando a satisfação pelo objetivo alcançado.
A Luta Tardia do Vizela
Apesar de estar em desvantagem, o Vizela não desistiu. Morschel, de grande penalidade aos 77 minutos, conseguiu empatar a partida, mas o golo chegou tarde demais para alterar o desfecho da eliminatória.
A resiliência do AVS e a gestão da vantagem adquirida no primeiro jogo foram cruciais para garantir a permanência na I Liga.
Sentimento de Dever Cumprido
Apesar das dificuldades ao longo da época, incluindo a troca de quatro treinadores, o AVS superou as adversidades e alcançou o seu objetivo. “Quando entrámos o momento não era bom, não era o ideal, mas é lógico que ao fim destes quatro jogos a satisfação é grande, com sentimento de dever cumprido... todos deram tudo e foram importantes”, concluiu Paulo Sousa.
O Vizela, por sua vez, terá de se reorganizar para a próxima época, com o objetivo de regressar ao principal escalão do futebol português.