Era uma notícia pronta a dar, à espera da confirmação oficial: o Vizela desceu de divisão.
Em boa verdade, ninguém pode dizer que foi apanhado de surpresa. A época vizelense foi um acumular de erros, indefinições e desentendimentos. Pouca coisa parece ter sido bem feita.
Viu-se um pouco de tudo: um autarca (e associado do clube) a exigir explicações a um diretor desportivo que dizia desconhecer; um presidente de clube a criticar abertamente a liderança da SAD; um capitão de equipa afastado de uma convocatória por não renovar contrato - numa clara colisão entre diretor desportivo e treinador.
A versão 'século XXI' do Vizela acabou por ruir como um castelo de cartas ao vento. A ambição europeia da SAD liderada por Joaquim Ribeiro tornou-se uma miragem. A aposta no mercado espanhol, para a direção desportiva e para o comando técnico, falhou claramente.
Tudo tão diferente dos tempos de Álvaro Pacheco...
O Vizela desceu de divisão. É um facto. Não tem de ser uma tragédia. Agora precisa de arrumar a casa, reorganizar-se, definir objetivos e estratégias. O futebol português já viu diversas situações semelhantes acabarem mal, em queda livre. Não tem de ser o caso. Mas muita coisa tem de ser corrigida, seguramente.