O novo presidente da Argentina, Javier Milei, assume-se como um defensor dos ideais de extrema-direita e tem como objetivo erradicar o peronismo, o sentimento político mais profundo no país. Com um passado marcado por ditaduras sangrentas, a Argentina conquistou o seu primeiro título mundial em 1978, durante o controlo da Junta Militar de Jorge Videla.
Nesse torneio, a seleção argentina foi envolvida em polémicas, desde ameaças a jogadores adversários até penáltis controversos. O jogo decisivo contra o Peru, que a Argentina teve que vencer por 4-0 para chegar à final, terminou com uma vitória de 6-0 para a equipa da casa. Essas situações levantaram suspeitas de uma possível conspiração para garantir a qualificação da Argentina.
Apesar das controvérsias em torno das conquistas da seleção, é inegável o talento dos jogadores argentinos que participaram nesses torneios. Em 1978, o selecionador César Luis Menotti conseguiu impor o seu estilo romântico ao futebol argentino, com jogadores como Mario Kempes, Osvaldo Ardiles e Leopoldo Luque. Já em 1986, Carlos Bilardo, um estudioso do futebol, levou a Argentina ao título mundial com uma abordagem mais pragmática.
Interessante notar que Milei é fã de Bilardo, devido ao seu estilo de jogo focado no resultado em detrimento do espetáculo. Além disso, Milei tem ligações ao futebol argentino, sendo sócio do Boca Juniors e tendo apoio do ex-presidente Maurício Macri nas eleições. No entanto, Milei já mostrou que suas preferências mudam conforme as circunstâncias, como quando torceu contra o Boca Juniors na final da Taça Libertadores de 2018.
Com o novo presidente Milei no poder, a Argentina entra agora numa nova fase política e social. Resta saber como essas mudanças afetarão o futebol argentino e se a seleção poderá continuar a sua trajetória de sucesso.