Pedro Gonçalves, conhecido como Pote, partilhou algumas das suas experiências pessoais e desportivas no programa 'Alta Definição'. Em conversa, ele refletiu sobre o seu papel no balneário do Sporting e sobre a sua infância, revelando detalhes intrigantes da sua vida.
O jogador mostrou-se grato pelas experiências vividas, especialmente pelos desafios que enfrentou ao longo do caminho, incluindo as lesões. “Foi complicado, só pensamos em voltar para o campo, mas o fisioterapeuta obrigava-me sempre a fazer mais um exercício, mudei os meus hábitos na alimentação. Foi um período que demorou muito tempo a passar”, afirmou Pote, demonstrando a sua humildade e a dificuldade que sentiu no início da sua carreira.
A primeira grande oportunidade
Pote recordou o momento em que recebeu uma proposta para treinar no FC Porto, a qual foi recusada pela sua mãe, algo que ele respeita. “Quando tive o convite para ir treinar ao FC Porto e ela disse que não pois era muito novo, mas prometeu que caso surgisse outra oportunidade não me ia cortar as pernas. Depois surgiu o Sp. Braga e deixou-me ir apesar de eu ainda só ter 12 anos”.
Essa decisão moldou a sua trajetória no futebol, e Pote expressou a sua gratidão por ter tido as pessoas certas do seu lado que o aconselharam da melhor maneira. “Houve um momento em que temi que não ia chegar a um clube como o Sporting. Ia fazer uma boa carreira em equipas de 1.ª Liga mas nunca pensei ser campeão ou chegar à Seleção Nacional”.
A atitude dentro de campo
Pote comentou sobre a sua atitude dentro das quatro linhas, descrevendo a forma como lida com os colegas de equipa. Ele revelou que é um pouco “pica-miolos”, afirmando: “São coisas que me saem no momento tipo ‘és tão bom e não consegues meter ali a bola a treinar tanto’… sou um pouco pica-miolos e espalho para todos.”
Essa forma de ser acaba por ser uma maneira de libertar a ansiedade antes dos jogos. A sua posição de liderança no balneário tem sido reconhecida pelos colegas de equipa, com Pote a confessar: “Sinto que sim, mas na minha cabeça sou o miúdo resmungão, que gosta de mandar as suas piadas... Eles veem-me como líder e gostei de ouvir isso.”
O valor da honestidade
Para Pote, a responsabilidade de ser uma figura a seguir não é apenas um fardo, mas uma oportunidade de crescer e inspirar os outros. Ele valoriza a honestidade e a correção dos outros, dizendo: “Gosto que as pessoas me digam que estou errado, de como devo melhorar.”
Essa abertura ao crescimento pessoal e profissional é um dos traços que o definem como atleta e líder dentro do Sporting. Pote tem consciência da sua evolução, admitindo que ainda se vê como o garoto divertido que sempre foi.
A alegria do futebol
Apesar dos desafios enfrentados, Pote nunca perdeu de vista a alegria que o futebol lhe proporciona. Ele utilizou momentos de descontração para aliviar a pressão, destacando que um dos seus momentos mais felizes foi o tempo que passou a jogar futebol na infância, ressaltando a simplicidade e a diversão do jogo.
Em suma, a trajetória de Pote é marcada por desafios e conquistas, um verdadeiro teste de determinação e trabalho árduo. Ele exemplifica como é possível transformar momentos de incerteza em força e liderança, e como o amor pelo futebol e pela equipa pode moldar um jovem resmungão num verdadeiro líder dentro e fora de campo.