A defesa Carole Costa destacou hoje a carreira bonita
que tem sido protagonizada pela seleção nacional feminina nos últimos anos, mas lembrou que a exigência aumenta
a cada fase final disputada. “Sabemos que é uma enorme responsabilidade e que a exigência aumenta a cada Euro, já foi assim no segundo, será assim no terceiro, é normal e ainda bem que assim é. As seleções estão cada vez melhores, as jogadoras cada vez melhores individual e coletivamente e obviamente que me sinto muito orgulhosa. A verdade é que tanto eu como as minhas colegas temos feito uma carreira bonita e é nestes palcos que todos querem estar”
, assumiu, em entrevista à Agência Lusa.
Para Carole, “representar Portugal ao mais alto nível, ainda mais no Europeu, só tem de ser um motivo de orgulho, temos de dar tudo pelo nosso país e é isso que vamos tentar fazer”
. A experiente defensora, de 35 anos, mostra-se ciente das dificuldades que esperam a equipa portuguesa, mas apesar das derrotas sofridas, olha para os recentes encontros com duas das adversárias na fase de grupos como um fator positivo.
Dificuldades e Oportunidades
Carole Costa refere que “recentemente jogámos com elas, sabemos o que fizemos bem, mas também já analisámos o que não fizemos tão bem e tentámos corrigi-lo ao máximo”
. A jogadora considera que este é um ponto a favor da seleção. “É o que estamos a tentar fazer neste estágio, ver aquilo que não fizemos tão bem e corrigir para fazer melhor no Europeu”
, acrescentou.
Caso integre a lista final de 23 convocadas, Carole poderá disputar o terceiro Europeu, tantos quantos tem Portugal. Ela não esconde a sua satisfação por esse facto: “Se me contassem isso há uns anos, se calhar não acreditava. A verdade é que para nós, ou para mim neste caso, é um sentimento de enorme orgulho.”
Experiência e Determinação
A jogadora ainda afirmou que “é o culminar de muitas gerações, se calhar muitas queriam estar a viver o que estou a viver. E a verdade é que eu tenho o prazer de, neste caso, ir ao terceiro”
. Para Carole, representar o país é algo que traz grandes emoções e responsabilidades.
Diana Silva, que também poderá representar Portugal pela terceira vez num Campeonato da Europa, recorda os péssimos resultados obtidos na Liga das Nações. Ela admite que a despromoção à Liga B mexeu com as jogadoras, mas está focada nos desafios que se aproximam.
Pensar no Futuro
Confrontada sobre se este poderá ser o seu último Europeu enquanto futebolista, Carole garante que não pensa na retirada. “Não consigo dizer o que vai acontecer daqui a um ano ou dois. Quero fazer a minha carreira desportiva como sempre tenho feito”
, disse.
Carole finalizou: “Se [a retirada] vai ser daqui a um mês, um ano, dois, três, quatro, cinco ... ninguém sabe. Acho que é continuar a ter a consistência, horários e a sentir-me como me tenho sentido até agora”
. Ela mostra-se confiante na sua capacidade para continuar a jogar ao mais alto nível.
Resultado do Último Jogo
Por outro lado, a seleção portuguesa feminina de futebol empatou hoje 0-0 frente à Nigéria, no último jogo de preparação antes da fase final do Campeonato da Europa, que terá lugar na Suíça entre 2 e 27 de julho. No Estádio José Gomes, na Amadora, as comandadas de Francisco Neto não foram além de um nulo frente às nigerianas.
A partida ocorreu após quatro derrotas consecutivas na Liga A da Liga das Nações, resultando na despromoção da seleção. Com a abordagem a esta fase final, a seleção defrontará as seleções de Espanha (03 de julho), Itália (07 de julho) e Bélgica (11 de julho), no Grupo B.