Em vésperas de um importante duelo no Europeu de sub-21, Rui Jorge, selecionador nacional, deixou claro que vê estreitas semelhanças entre a sua equipa e a Geórgia. ““Creio que são duas equipas muito semelhantes, com uma grande paixão pelo jogo e um coração enorme. A Geórgia tem aquilo que eu quero para a nossa seleção em termos de entrega e companheirismo. A maneira como jogam coletivamente advém da geração que disputou o Europeu de há dois anos. Tecnicamente, as equipas também se equivalem e são rápidas a sair para o contra ataque””
, analisou o técnico, em conferência de imprensa.
Depois de um empate sem golos com a França e uma goleada convincente sobre a Polónia (5-0), a seleção das ‘quinas’ prepara-se para enfrentar a Geórgia no Estádio Sihot, em Trencin. Rui Jorge sublinhou a importância de ““segurança com bola, agressividade no ataque e qualidade””
para superar os georgianos.
Análise do adversário
Rui Jorge destacou que a Geórgia ““Nos últimos 13 duelos, a Geórgia só não marcou num particular com a Roménia. Não se limita a defender, apesar de o fazer bem, e reúne características ofensivas fortes””
. Tiago Tomás, avançado da seleção, também reconheceu a dificuldade do próximo desafio, afirmando que ““Será um duelo mais competitivo. A Geórgia é mais organizada e agressiva na pressão e, se não estivermos atentos e ao melhor nível, vai causar outro tipo de estragos. Temos de estar na máxima força para conseguirmos vencer””
.
Mentalidade vencedora
Ambos os jogadores são claros sobre o foco na vitória. Tiago Tomás reafirma que não está a pensar num empate: ““Jogamos sempre para ganhar e isso já está intrínseco na nossa mentalidade. Por isso, não estamos a pensar num empate diante da Geórgia, até porque nos pode correr mal””
. Essa determinação é partilhada por Rui Jorge, que observa que a classificação está em jogo: ““Sabemos que há dois resultados que nos interessam, mas a postura competitiva não se altera de um dia para o outro.””
Gestão de cartões e adaptação
No entanto, há certos riscos envolvidos no jogo, com alguns jogadores sob risco de exclusão para os quartos de final. Rafael Rodrigues e os titulares Chico Lamba, João Muniz e Diogo Nascimento estão em risco de exclusão para os ‘quartos’, mas o técnico admite que ““não há gestão de cartões amarelos””
, ressaltando que a preparação e a qualidade do jogo prevalecem. Tiago Tomás, por seu lado, mencionou a necessidade de se adaptarem à pressão e à intensidade do jogo da Geórgia. ““Eu e o Henrique Araújo estamos preparados e temos qualidade para criar dificuldades a defesas-centrais agressivos e fortes no jogo aéreo. O mais importante é cumprir a nossa função na equipa para que, depois, as individualidades comecem a sobressair””
, afirmou.
O caminho para o troféu inédito
Este Europeu de sub-21 é uma oportunidade valiosa para Portugal, que procura um inédito troféu. O grupo está bastante equilibrado: Portugal e França somam quatro pontos, enquanto a Geórgia, com três pontos ainda tem aspirações de se qualificar. Rui Jorge conclui: ““Acredito mesmo nisso, até porque é uma ideia que se constrói e os nossos princípios não se alteram de um momento para o outro.””