Rui Jorge, o selecionador nacional de sub-21, abordou recentemente a dispensa de Eduardo Quaresma da equipa, uma decisão que gerou considerável debate público. Em entrevista ao Canal 11, Rui Jorge partilhou a sua perspetiva sobre os motivos que levaram a esta escolha, enfatizando a importância do compromisso total dos jogadores numa fase final.

O selecionador explicou que, durante a reunião para selecionar os 23 jogadores para o estágio, com Quaresma inicialmente entre os 26 pré-convocados, a questão da energia e motivação dos atletas foi crucial. Rui Jorge salientou a necessidade de todos estarem a “100%” para uma fase final, e foi o próprio Quaresma quem expressou não sentir essa energia.

A Importância da Energia e Motivação

Rui Jorge revelou que, ao questionar os jogadores, Eduardo Quaresma admitiu não se sentir com energia para ajudar a equipa na sua totalidade. ““Tivemos uma reunião onde iríamos escolher os 23 que iriam para a estágio, e ele estava num dos 26. Para uma fase final, porque eu sei o que é preciso na fase final, é preciso que todos os jogadores estejam a 100%. E, quando fiz a pergunta aos jogadores, o Quaresma disse que não se sentia com energia para poder ajudar a equipa a 100%””, afirmou Rui Jorge. Esta declaração sublinha a exigência do selecionador em ter jogadores física e mentalmente preparados.

A falta de motivação foi uma preocupação adicional para Rui Jorge, que frisou que, nestas situações, se optará por quem demonstra essa energia e motivação em pleno. ““Portanto, nem sentia a motivação para ajudar a equipa. Quando assim é, haverá outro que está com essa energia e com essa motivação a 100% e que nos ajudará ou tentará ajudar.””, acrescentou o selecionador, deixando clara a sua postura.

Representar a Seleção: Uma Paixão Inegociável

Para Rui Jorge, representar a seleção nacional não pode ser uma opção de conveniência. Ele é categórico ao afirmar que a paixão pela seleção é inegociável. ““Mas isso, para mim, é uma questão inegociável em termos daquilo que é representar uma seleção. É a paixão que se tem que ter. A seleção não pode ser apenas para quando dá jeito para assinar um contrato ou para relançar a carreira nos próprios clubes””, explicou. Esta visão reflete a importância que o selecionador atribui ao compromisso genuíno com as cores da seleção.

O selecionador reforçou a ideia de que o desejo de representar a seleção deve ser constante e não meramente situacional. ““Eu gosto de jogadores que demonstrem que, efetivamente, querem representar a seleção. É muito bonito dizer que representar a seleção é um sonho, mas esse sonho tem que ser sempre. Não é quando dá mais jeito, quando dá menos jeito.””, disse Rui Jorge, evidenciando a sua preferência por jogadores que demonstrem uma paixão duradoura.

O Motivo da Falta de Energia e os Valores da Seleção

Questionado sobre a origem da falta de energia de Quaresma, Rui Jorge remeteu a questão para o próprio jogador. ““Agora, o motivo pelo qual ele sente essa falta de energia, não sente essa vontade, terão de perguntar ao Quaresma. Não foi tema para entrar e ele poderá explicar muito melhor do que eu””, afirmou, indicando que esta é uma questão que o jogador deverá esclarecer.

Em conclusão, Rui Jorge sublinhou a importância dos valores que devem estar presentes na seleção de sub-21. ““O que sei, e que para mim é inegociável, é que em termos da seleção de Sub 21, há valores que têm que estar presentes para se representar.””, finalizou. A mensagem é clara: a seleção é um privilégio que exige paixão, dedicação e um compromisso inabalável.