Caso Pinto da Costa e Varandas chega a fase decisiva

  1. 2 de julho
  2. Tribunal do Bolhão
  3. Declaração de Varandas: 'bandido'
  4. Liberdade de expressão não é absoluta

O caso entre Jorge Nuno Pinto da Costa e Frederico Varandas, presidentes de dois clubes de futebol em Portugal, entra numa fase decisiva, com a leitura da sentença agendada para o dia 2 de julho, no Tribunal do Bolhão, na cidade do Porto. Este processo foi iniciado por Pinto da Costa contra Varandas devido a declarações feitas em outubro de 2020, quando Varandas chamou o dirigente do Porto de “bandido”.

Neste contexto, o Ministério Público, nas alegações finais, reforçou o pedido de condenação para Frederico Varandas, afirmando que “a liberdade de expressão não é um direito absoluto”. A procuradora foi clara ao enfatizar que “a expressão 'bandido' ultrapassou aquilo que é admissível” e destacou que a declaração de Varandas “extravasou os limites da liberdade de expressão”. É importante notar que todos compreendem bem o significado de ser chamado de bandido.

Defesa de Frederico Varandas

Por outro lado, Inês Magalhães, advogada de Pinto da Costa, lamentou a tentativa de defesa de Varandas, que justificou a sua expressão recordando o “famigerado” caso do Apito Dourado. Magalhães argumentou que, embora o registo criminal de Pinto da Costa tenha saído “impoluto”, isso não diminui a gravidade das declarações feitas por Varandas.

José Lobo Moutinho, advogado do presidente do Sporting, respondeu que a expressão que motivou a queixa “não foi uma agressão inopinada”, mas sim uma “resposta” a uma entrevista dada por Pinto da Costa, na qual o presidente do Sporting havia sido criticado. O caso, portanto, promete ser um marco no debate sobre a liberdade de expressão no futebol em Portugal, especialmente quando envolve ofensas pessoais e rivalidades acesas.

Repercussões na relação entre clubes e adeptos

O desfecho deste processo, que se encontra prestes a ser julgado, poderá ter repercussões significativas na relação entre as entidades e os adeptos. Além disso, poderá estabelecer um precedente sobre os limites da crítica no desporto, o que é fundamental num ambiente tão competitivo e passional como o futebol.

A forma como este caso será decidido poderá influenciar não só a interação entre os presidentes dos clubes, mas também a maneira como os adeptos percebem e reagem a declarações e críticas no âmbito do futebol em Portugal. Assim, a expectativa sobre o resultado é alta, e todos aguardam ansiosamente pela decisão judicial.

Inquietação nos Clubes: FC Porto e Boavista sob Pressão dos Sócios

  1. Lourenço Pinto defendeu a norma que impedia a entrada de jornalistas na Assembleia Geral do FC Porto.
  2. Juíza Ana Dias alertou Lourenço Pinto sobre sua postura "a raiar a má educação com o tribunal".
  3. Sócios do Boavista deram um prazo de oito dias ao presidente para convocar uma Assembleia Geral.
  4. Mais de cem sócios do Boavista, incluindo Álvaro Braga Júnior e Filipe Miranda, enviaram uma carta ao presidente do clube.

Sporting visado em processos disciplinares após queixa do Benfica

  1. Instaurados processos disciplinares a Geovany Quenda, Zeno Debast e à SAD do Sporting.
  2. Participação do Benfica na Liga Portugal motivou os processos.
  3. Em causa, tarja utilizada por Quenda com a frase “Falas muito. Chupa c...”.
  4. Matheus Reis e Maxi Araújo também foram alvo de processos disciplinares após queixa do Benfica.