Zeno Debast, jovem defesa internacional belga, viveu uma temporada memorável pelo clube de Lisboa. Ao refletir sobre a sua experiência, ele descreve os festejos de forma vibrante: ““Ainda não tenho palavras para descrever. Acho que havia mais de 120 mil adeptos na cidade para acompanhar o nosso autocarro. 120 mil pessoas! Ainda vejo todos os dias os vídeos que gravei. A sério. As loucuras que aconteceram lá [risos]. Acho que vi tudo numa única noite. Foi uma loucura. Vi alguém a tentar saltar de uma ponte para o nosso autocarro. Outro adepto estava pendurado num poste de iluminação a quatro metros de altura. Incrível! É assim que se vê o que o futebol pode fazer a uma pessoa””
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Essa euforia foi ainda mais acentuada após a conquista da dobradinha, que Debast considera o momento alto da sua primeira temporada em Portugal. Ele recorda: ““A última jornada. Tanto o Benfica como nós ainda podíamos ser campeões. Nós ganhámos, eles empataram. Mas foi emocionante, porque ainda podia acontecer de tudo. O facto de, no final, conquistarmos o título é fantástico””
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Adaptação à Nova Posição
Debast também falou sobre o seu papel em campo e a sua adaptação à nova posição. Ele menciona: ““Falei com o mister Rui Borges. Ele também me vê como um médio e quis dar uma oportunidade a isso. A escolha acabou por dar certo e continuei nessa posição. Cresci e fui criado como defesa-central, esses automatismos estão dentro de mim, às vezes ainda treino nessa posição, isso foi discutido internamente. Não quero perder as subtilezas e a sensação de defender””
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A mudança de posição veio depois de Debast ter começado como central e ter destacado a importância dos desafios que teve com colegas como Gyökeres, a quem descreveu como ““um monstro, um trabalhador incansável””
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A Vida em Lisboa
A adaptação ao clube e à cidade não foi apenas tática, mas também emocional. Falando sobre a cidade de Lisboa e o seu novo lar, ele afirmou: ““Lisboa é uma cidade muito agradável. Moro numa zona um pouco mais tranquila, perto da praia. Para mim, é um dos locais mais bonitos da cidade, porque é muito tranquilo””
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Outro aspecto que Debast tocou foi a saída de Ruben Amorim, um momento que significou um desafio para ele e a equipa. Ele comenta: ““Foi difícil aceitar quando soube que ele ia embora. O Hugo Viana também escolheu o Manchester City a meio da época. Foram essas duas pessoas que me vieram buscar ao Anderlecht. Enquanto jovem comesse a pensar 'Ok, ainda vou ter a minha oportunidade ou tudo vai mudar?'. Mas, no final, correu tudo bem. O grupo lidou bem com a saída de Amorim””
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Manutenção de Relações
A relação que tem com os seus ex-treinadores permanece forte. Debast diz: ““A propósito, ainda mantenho contacto com ele de vez em quando. Enviou-me uma mensagem depois do título, assim como o Emanuel Ferro e o Carlos Fernandes, que foram com ele também. Isso é bom. A escolha que fiz no ano passado revelou-se a correta””
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Debast não só evoluiu como jogador mas também fisicamente, aumentando a sua massa muscular com o auxílio de especialistas. Ele revela: ““Ganhei seis quilos de massa muscular. Tudo o que prometeram no Sporting de antemão, cumpriram””
. Este crescimento tem sido acompanhado por um cuidadoso planejamento de nutrição.
Experiência no Futebol Português
De forma a realçar a experiência no futebol português, ele ainda fez questão de mencionar: ““Os media sabem de tudo. Se fores a um restaurante com a equipa, as câmaras estão à tua espera quando chegas. Mas atenção: as pessoas são descontraídas. Só quando perdes é que não deves aparecer no centro durante dois dias””
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Para finalizar, a realização de um objetivo pessoal está na mente de Debast. Ele confessa: ““Tatuagem? já tenho algumas ideias em mente. Talvez algo relacionado com o meu golo na Liga dos Campeões contra o Lille, a data, ou algo assim. Além disso, talvez algumas palavras em português ou um troféu. Mas só será depois do verão. Ainda preciso pensar um pouco””
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Conclusão
Esta temporada pode ser considerada não só um passo na carreira de Zeno Debast, mas um capítulo significativo na sua vida enquanto jovem jogador de futebol.