Rui Borges, o treinador do Sporting, tem vindo a destacar-se na Europa como um técnico a seguir de perto. O jornal italiano Gazzetta dello Sport publicou um artigo sobre o jovem treinador português, salientando a sua abordagem “tão compreensiva quanto inflexível na aplicação das regras”
.
O artigo destaca que Borges “é um treinador de jogadores, ouve e deixa os seus jogadores à vontade porque está firmemente convencido de que sem grupo não pode haver jogo nem sacrifício em campo. Mesmo aos que jogam pouco, ele explica porque isso acontece.”
No entanto, a publicação italiana realça um exemplo da sua inflexibilidade: “É tão compreensivo quanto inflexível na aplicação das regras: Marcus Edwards, que era um dos melhores jogadores do plantel, em janeiro, em menos de um mês, foi afastado por indisciplina e enviado de volta para Inglaterra, para o Burnley.”
Do futebolista ao treinador
Antes de chegar ao Sporting, o percurso de Rui Borges é também elogiado pelo jornal. “Chamavam-no de Figo de Mirandela. Não por ser bonito, mas porque na sua pequena cidade jogava como rei dos corredores: marcação de cantos, dribles, incursões na área. Nunca passou da segunda divisão portuguesa, mas sempre se questionou sobre o porquê do que fazia como futebolista.”
Aos 36 anos, quando parou de jogar, “passou diretamente do campo para o banco: no Campeonato de Portugal, quarta divisão, com uma estrela emprestada pela formação do Benfica.”
Depois disso, começou a subir, passando por clubes como Académico Viseu, Mafra e Moreirense, antes de chegar ao Vitória de Guimarães e, finalmente, ao Sporting.
Desafios no Sporting
No Sporting, Borges enfrentou desafios significativos, com “dez lesionados, um grupo com o moral em pedaços e a três pontos do Benfica”
, mas conseguiu liderar a equipa a terminar a temporada “a vencer o campeonato sem perder um único jogo nas competições nacionais”
. A Gazzetta dello Sport conclui que Rui Borges é “um treinador de que não ouviu falar, mas que será famoso”
.