Tito Arantes Fontes, antigo presidente do grupo Stromp, não poupou críticas à atitude do Benfica após a recente final da Taça de Portugal, onde o Sporting se sagrou vencedor. No seu artigo de opinião, Arantes Fontes descreve a reação benfiquista como “uma dose de monumental azia e evidente demonstração de mau perder que lá para os lados da Luz!”.

O ex-dirigente menciona que “não há memória de tanta desfaçatez! O espectáculo tem sido degradante! Mas revelador do desnorte que por ali graça!”. Para ele, as reações do clube da Luz incluíram comunicações excessivas e reclamações sobre as decisões do jogo, que ele considera infundadas.

Desfaçatez e Hipocrisia

Arantes Fontes adiciona uma provocação, dizendo que “só falta mesmo dizerem que querem ir ao Papa”, sublinhando a falta de moral do Benfica para fazer queixas, dado o seu histórico. Com um toque de ironia, ele cita que “nunca os vimos reclamar nem mexer um dedo quando, em 2023, Di Maria agrediu com um soco Pote em pleno José Alvalade!”, destacando o que considera uma hipocrisia da parte do Benfica.

O ex-presidente do grupo Stromp também menciona que, no passado, o Sporting foi “vergonhosamente espoliado (a favor deles próprios!) da Taça da Liga na sua famosa edição em versão 'Taça Lucílio'!”. Estas afirmações realçam a tensão entre os clubes e a falta de congruência nas reclamações em relação às decisões arbitrárias.

Incoerência nas Reclamações

Arantes Fontes não hesita em lembrar outros incidentes traumáticos, como o do very-light que vitimou o sportinguista Rui Mendes, mencionando que “vergonhosamente o silvo desse very-light é e continua a ser repetido vezes sem fim na Luz e nos seus pavilhões sem que o Benfica se pronuncie sobre o tema e verbere os seus apaniguados!”. Para ele, a indignação do Benfica é incoerente, pois não se vê a mesma veemência quando são expostos a situações semelhantes que afetam o Sporting.

Sobre as decisões de arbitragem, Arantes Fontes diz que, segundo especialistas, “o Benfica parece apenas (e não de modo unânime) poder tão só queixar-se de uma expulsão, pois todos os outros lances, nomeadamente os que requereram intervenção do VAR, foram, segundo esses especialistas, bem analisados e corretamente decididos!”. Ele reflete ainda sobre a ironia da situação, pois uma expulsão ao Benfica poderia ter ocorrido aos 90+5 minutos, enquanto lembra que o Sporting teve que suportar “a manutenção em campo de Otamendi que – também segundo esses mesmos especialistas e de modo unânime – devia ter sido expulso aos 15 minutos de jogo!”.

Estilo de Jogo e Rivalidade

Finalmente, Arantes Fontes critica diretamente o estilo de jogo do Benfica, dizendo que “assisti a muitas finais da Taça de Portugal, podendo bem dizer que a Académica (em 2012) e o Aves (em 2018) ganharam ao Sporting por apenas um golo de diferença no resultado, mas jamais protagonizaram o 'anti-jogo', próprio de equipa pequena e medíocre, que o Benfica exibiu no Jamor.” Essas críticas intensificam o debate entre os rivais, reforçando a tensão que caracteriza o futebol português e as rivalidades que o tornam tão apaixonante.