Frederico Varandas, presidente do Sporting, abordou a polémica em torno de Matheus Reis e a alegada agressão a Andrea Belotti na final da Taça de Portugal. Varandas classificou a controvérsia como “ruído completamente desproporcionado”
, afirmando não ter “perceção de nada durante o jogo”
.
Segundo o presidente leonino, a questão centra-se numa imagem que mostra o pé de Reis perto da cabeça de Belotti. Varandas defendeu a falta de intenção do jogador, comparando o incidente a outras situações passadas no futebol português que não geraram a mesma indignação, como a agressão de Di María a Pote.
A Polémica e a Falta de Intenção
Frederico Varandas reiterou a sua convicção de que Matheus Reis não teve intenção de agredir Andrea Belotti. “É impossível alguém dizer que houve intenção de pisar a cabeça do jogador. Vejo um adversário deitado no chão e o jogador, sem olhar para onde ele está, põe o pé em cima da cabeça”
, afirmou o presidente. Questionado diretamente, Matheus Reis “disse-me que não”
, revelou Varandas, reforçando a defesa do seu jogador.
Varandas lamentou a forma como o caso foi ampliado, considerando-o como “ruído do desespero, provavelmente”
e apelando ao “bom-senso”
na análise da situação. O presidente do Sporting demonstrou frustração com a atenção mediática e pública dada ao incidente, que na sua ótica, não reflete a realidade do lance em campo.
Críticas à Indignação
O presidente do Sporting criticou a dualidade de critérios nas reações a incidentes no futebol português. Varandas comparou o caso de Matheus Reis com outros acontecimentos, mencionando a agressão de Di María a Pote no ano passado, onde, segundo ele, “não vi indignação de ninguém”
.
Essa comparação sublinha a perceção de Varandas de que a reação atual é desmedida em relação a outras infrações. O presidente questionou a origem da indignação, sugerindo que o foco excessivo no caso de Matheus Reis pode ter motivações externas e ser desproporcional à gravidade do lance.
O Papel dos Críticos
Frederico Varandas não poupou críticas a quem denunciou Matheus Reis. “Houve um senhor que fez uma denúncia à Procuradoria-Geral da República. Esta é a cereja no topo do bolo”
, comentou o presidente. Varandas identificou o denunciante como “o senhor César Boaventura”
, descrevendo-o como “um agente de futebol que acabou de ser condenado por corrupção desportiva, por corromper adversários do Benfica para perderem jogos com o Benfica”
.
Ao destacar o passado de César Boaventura, Varandas apelou à reflexão sobre a credibilidade dos críticos antes de aceitar a narrativa negativa em torno de Matheus Reis. Esta crítica visa desacreditar a denúncia e a atenção que o caso recebeu, sugerindo que as motivações por trás da denúncia podem ser questionáveis.
A Visão do Futebol Português
Varandas expressou a sua insatisfação com o que considera ser uma dualidade de tratamento entre os clubes em Portugal. “Isto vem dos últimos 40 anos. O futebol português tem sempre de ter um dono”
, afirmou o presidente, acrescentando que “Nos últimos 40 anos, teve sempre dois donos: FC Porto e Benfica”
.
O presidente leonino defendeu a necessidade de um futebol “independente e sem dominadores”
, onde os acontecimentos em campo “são tratados de forma equitativa”
. Varandas concluiu, reafirmando a força do Sporting, que, na sua perspetiva, “Dominamos o futebol português dentro de campo”
, uma declaração que reflete a posição do clube perante as críticas e polémicas recentes.