À margem da cerimónia de entrega de prémios CNID, o treinador do Sporting, Rui Borges, foi confrontado com a polémica em torno de Matheus Reis, após a alegada agressão do defesa a Andrea Belotti na final da Taça de Portugal. Sem se alongar no tema controverso, Borges expressou o seu orgulho em liderar a equipa, salientando: ““Acima de tudo, tenho um orgulho em treinar todo o meu grupo. Só isso. Estamos aqui para falar de outros assuntos e não me vou desgastar a falar disso. Isso é desvalorizar tudo aquilo que foi a época e tudo aquilo que este grupo foi capaz ao longo da época, capaz de ultrapassar todas as dificuldades.””
O técnico enfatizou a necessidade de focar nas conquistas da temporada. Borges afirmou que valorizar o que a equipa conseguiu é fundamental, pois ““este grupo merece ser reconhecido pelo que foi capaz de fazer ao longo do tempo, por todas as dificuldades que foram encontrando no caminho e foram capazes de as ultrapassar.””
Para ele, o sucesso da época de 2024/25 deve ser o que prevalece, declarando: ““Acima de tudo valorizar a grande época que fizemos e agora é descansar.””
Foco nas Conquistas e Superação
Rui Borges, visivelmente orgulhoso do desempenho da sua equipa ao longo da temporada, fez questão de destacar a importância de reconhecer o mérito do grupo. Ignorando a polémica individual, o treinador leonino direcionou o foco para as dificuldades superadas e os êxitos alcançados. A união e a capacidade de resposta do plantel foram pontos sublinhados por Borges, que reiterou a necessidade de valorizar o percurso feito em detrimento de incidentes isolados.
Em declarações que transpareceram a sua satisfação pela época finda, o técnico do Sporting enfatizou que o grupo demonstrou uma resiliência notável perante os obstáculos. Esta capacidade de superação, segundo Borges, é o que realmente define a equipa e merece ser celebrada e reconhecida publicamente. O treinador considera que desviar a atenção para polémicas específicas seria injusto para com o esforço coletivo e as conquistas da temporada.
A Necessidade de Descanso e a Preparação para o Futuro
Na mesma cerimónia onde foi distinguido como treinador do ano, Rui Borges abordou a importância do descanso após uma temporada que descreveu como ““desgastante, a nível mental, com muito stress e ansiedade.””
Consciente das exigências da próxima época, o técnico expressou a dificuldade em ““desligar a 100%””
, mas manifestou a intenção de o fazer ““ao máximo””
para recarregar energias. Ele reconheceu que o sucesso alcançado em 2024/25 elevará as expectativas e tornará a próxima temporada ““ainda mais difícil””
, prevendo que levará a equipa ““ao limite.””
Questionado sobre o eventual futuro de Viktor Gyökeres, um dos destaques da equipa e cobiçado por clubes estrangeiros, Rui Borges mostrou confiança na capacidade do Sporting em manter um plantel competitivo. Com uma postura assertiva, o treinador afirmou acreditar que terá ““uma grande equipa para liderar e voltar a lutar por todos os títulos.””
Esta declaração reflete a convicção de Borges na força do grupo e na capacidade do clube em se reestruturar para continuar no topo do futebol português.
Paixão pelo Futebol e Reconhecimento Pessoal
Para além das questões diretamente ligadas ao desempenho da equipa, Rui Borges partilhou um pouco da sua perspetiva pessoal sobre o seu papel como treinador e a sua relação com o futebol. Numa nota mais intimista, o técnico revelou que o seu ““maior troféu, a maior alegria, é ser reconhecido como uma boa pessoa.””
Esta afirmação sublinha a importância que Borges atribui aos valores humanos e à forma como é visto pelos outros, para além do seu sucesso profissional.
Complementando esta visão, Rui Borges expressou o seu desejo de ser um ““bom treinador, porque é aquilo que eu faço e é a minha paixão.””
Esta frase encapsula a dedicação e o amor que sente pela sua profissão, encarando o futebol não apenas como uma carreira, mas como uma verdadeira paixão. Num balanço da época, o treinador do Sporting reforçou a ideia de que, apesar da pressão inerente ao cargo, o mais importante é valorizar os sucessos alcançados pelo coletivo.