No último fim-de-semana, as celebrações do bicampeonato do Sporting foram abruptamente interrompidas por denúncias alarmantes de violência policial. A cantora Irma, através das suas redes sociais, fez um apelo emotivo sobre o sofrimento do seu irmão, Marcelo, de 25 anos, que foi agredido pelas autoridades durante os festejos. “Foi espancado pelo corpo de intervenção sem qualquer razão. Este lugar da segurança pública ser alicerçado com violência fica muito difícil de compreender”
, denunciou Irma.
A gravidade da situação foi ainda mais acentuada quando Irma compartilhou os detalhes das feridas do irmão: “O Marcelo, de 25 anos, levou com o bastão de um polícia na boca, rebentaram-lhe o lábio, arrancaram-lhe um dente (…) e ainda lhe deram um tiro de borracha no peito.”
Essas palavras não apenas revelam a intensidade da agressão, mas também a frustração colectiva face às acções das autoridades.
Brutalidade Injustificada
Sobre a brutalidade injustificada, Irma fez uma reflexão importante: “Existem pessoas boas e existem pessoas más (…). Só não existe razão para espancar alguém sem qualquer motivo.”
Esta declaração ressalta o sentimento de insegurança e indignação em relação ao comportamento da polícia durante um evento que, em teoria, deveria celebrar a alegria e a união dos adeptos.
Além do relato de Marcelo, outra situação trágica foi mencionada, onde um adepto do Sporting perdeu um olho após ser atingido por uma bala de borracha. O caso está a ser investigado e já foi remetido ao Ministério Público, enquanto a PSP enfrenta uma investigação interna. Esses episódios geram um clamor por justiça e levantam questões sobre a gestão da segurança em eventos desportivos e a proteção dos cidadãos.
Um Apelo à Mudança
O desabafo de Irma, carregado de emoção e preocupação, reflete um medo colectivo: “Eu estou com muito medo e acho que estamos a caminhar para que não precisemos de um final de campeonato para isto acontecer todos os dias.”
Este clamor por um tratamento mais humano e respeitoso por parte das autoridades ressoa com muitos que anseiam por mudanças significativas na abordagem da polícia durante eventos públicos.
Enquanto a polémica se desenrola, a segurança pública deve ser reavaliada para que episódios de violência não se tornem uma regra, mas sim uma exceção, garantindo assim aos cidadãos o direito de celebrar sem medo.