O tão aguardado dérbi entre o Benfica e o Sporting terminou empatado a uma bola, com o resultado a deixar a decisão do título para a última jornada da liga. Francisco Trincão abriu o marcador logo aos 4 minutos, fazendo o golo mais rápido do Sporting na Luz desde 2007. A partir desse momento, a pressão recaiu sobre a equipa encarnada, que sentiu a necessidade de reagir rapidamente ao golo adversário.
Bruno Lage, treinador do Benfica, comentou a performance da sua equipa, afirmando que “os jogadores fizeram o que eu lhes pedi. Foi pena a forma como sofremos o primeiro golo, mas fomos a equipa que mais quis ganhar o jogo. Estou orgulhoso dos meus jogadores.” Apesar da superioridade evidenciada em várias fases do jogo, o Benfica sabe que a situação atual não depende apenas deles: “estamos sem depender apenas de nós. Se o Sporting vencer o jogo é campeão e se não o fizer temos de vencer o nosso, isso é claro.”
Empate que Deixa Tensão no Ar
Rui Borges, técnico do Sporting, mostrou-se satisfeito com o empate, comentando que “sabemos que dependemos de nós e isso é bom. Último jogo com os nossos adeptos, no nosso estádio. A onda verde foi fantástica desde que saímos da Academia.” A confiança mostrou-se evidente nas suas palavras ao destacar a importância da organização da sua equipa e a forma como controlaram as emoções durante o jogo: “um jogo muito competitivo, jogámos contra um grande adversário, num ambiente difícil. Soubemos controlar as emoções.”
O jogo esteve repleto de tensão, com ambos os lados a evidenciar os seus pontos fortes e a falhar em momentos cruciais. No entanto, após o empate, os ânimos aumentaram e a luta pela conquista do título ficou em aberto. Bruno Lage acrescentou que “temos consciência do que fazemos em cada momento e a minha evolução enquanto treinador, sinto que os jogadores acreditam em mim e dão tudo pelo que nós defendemos.” A pressão para ambos os treinadores aumentará na última jornada, onde tudo pode acontecer.
Faltas e Quebras de Ritmo
O natural nervosismo do momento levou a que as equipas quebrassem o ritmo do jogo em várias ocasiões, algo que não passou despercebido a Lage: “foi exagerado. Acabámos o jogo com 24 faltas. Quebra o ritmo, quebra transições.” Essa instabilidade acabou por ser uma sombra sobre a intensidade do dérbi, que prometia um espetáculo vibrante, mas se viu frustrado por momentos de interrupções.
O sentimento pelo que ficou por resolver paira no ar. Após um emocionante jogo com tantas oscilações, a última jornada promete ser ainda mais eletrizante. “Como bons portugueses, deixamos tudo para a última, a última jornada do campeonato. Só aí conheceremos o campeão nacional,” conclui uma análise do encontro, refletindo a expectativa e a ansiedade que os adeptos sentirão até ao fim do campeonato.