A contratação do espanhol Roberto Martínez para substituir Fernando Santos como selecionador nacional de Portugal gerou expectativas sobre a capacidade de o técnico extrair o melhor de uma geração repleta de talento. No entanto, após dois anos no cargo, Martínez enfrenta crescentes sinais de alerta sobre o seu trabalho.
Apesar do apuramento para a fase final da Liga das Nações, onde Portugal irá enfrentar a Alemanha, França e Espanha, as últimas exibições da equipa têm deixado muito a desejar. O empate com a Dinamarca nos 180 minutos da eliminatória, resolvido apenas com uma vitória por 5-2, revelou uma Seleção aquém do que se esperaria de uma equipa com o potencial português.
Críticas ao estilo de jogo de Martínez
O estilo de jogo implementado por Martínez, focado no jogo posicional e na posse de bola, tem sido criticado por não conseguir criar dinâmicas ofensivas fluídas e complementaridade entre os jogadores. A dificuldade em integrar alguns atletas fora do núcleo duro, como Francisco Trincão, que acabou por ser decisivo no apuramento, é também apontada como uma falha do técnico espanhol.
Questionada a gestão da seleção por Martínez
Martínez tem sido acusado de procurar demasiados consensos políticos em detrimento da constituição da melhor equipa possível. A ausência de roturas com determinadas opções, como a manutenção de Cristiano Ronaldo, e a falta de coesão defensiva são outros problemas apontados ao seu trabalho.
Com a final four da Liga das Nações à porta, Martínez tem agora a oportunidade de provar que é capaz de fazer da Seleção Portuguesa uma equipa coesa e eficaz, capaz de competir ao mais alto nível. Caso contrário, poderá ser levado a repensar a sua permanência no cargo.