O avançado argentino do Atlético Madrid, Julián Álvarez, comentou pela primeira vez o controverso penálti anulado no desempate contra o Real Madrid, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, que ditou a eliminação da sua equipa. A polémica surgiu quando a equipa de arbitragem assinalou dois toques na bola durante o remate de Álvarez, invalidando o golo que havia marcado.
Apesar da frustração, o jogador reconhece que a decisão é definitiva, numa altura em que a Argentina, seleção de Álvarez, bateu o Uruguai por 0-1, em jogo de qualificação para o Mundial 2026.
Declarações de Álvarez
“Já vi o lance mil vezes. Há vídeos por todo o lado. Eu não sinto a bola. Se fossem dois toques, o contacto é mínimo e é muito difícil de perceber. Mas... já passou”, declarou Álvarez na zona mista, após o jogo entre Uruguai e Argentina.
Citado pela UEFA, Álvarez comentou a necessidade de maior clareza nas regras: “As regras devem ser um pouco mais claras, porque eu não tento tirar vantagem. Por exemplo, o guarda-redes, quando se adianta e defende um penálti, é um gesto repetido. E isto não é para tirar nenhuma vantagem. É uma pena o que aconteceu.” O avançado argentino expressou a sua opinião sobre a necessidade de ajustes na avaliação de lances semelhantes, destacando que não houve intenção de obter vantagem com a ação.
Posição da UEFA
A UEFA, no dia seguinte ao jogo, emitiu um comunicado a esclarecer a situação, afirmando que Álvarez tocou na bola com o pé de apoio antes do remate, mas admitiu rever a regra para casos de duplo toque não intencional.
No confronto entre Uruguai e Argentina, que terminou com a vitória dos argentinos por 0-1, Otamendi, do Benfica, e Maxi Araújo, do Sporting, foram titulares. A vitória permitiu à Argentina aumentar a vantagem na liderança isolada da qualificação para o Mundial 2026 para seis pontos.