Acordo irrecusável
O Sporting aceitou a proposta de 74 milhões de euros do Chelsea por Geovany Quenda e Dário Essugo. Segundo Hugo do Carmo, “o negócio foi surpreendente e, quanto a mim, irrecusável. Admito que a decisão do Conselho de Administração presidido por Frederico Varandas não tenha sido fácil, mas, acredito, era pegar ou largar.”
Quenda torna-se uma das maiores vendas em Portugal
O jovem extremo Geovany Quenda, de apenas 17 anos, ficou a um passo do top 10 das maiores vendas em Portugal. Com uma transferência fixa de 50,8 milhões de euros, mais 1,4 milhões em objetivos, Quenda ultrapassou nomes como Galeno e Éder Militão, aproximando-se da venda recorde de Bruno Fernandes ao Manchester United, por 55 milhões. “Quenda é um talento em ascensão e na época de estreia na equipa principal do Sporting já leva extraordinários 44 jogos, nem mais nem menos do que todos os disputados pelos leões! Isto apenas com 17 anos. Falta-lhe apenas a estreia pela Seleção Nacional, para a qual, de resto, tem sido convocado, para a afirmação ser plena”
, destaca Fábio Roque, antigo treinador do extremo nos escalões jovens do Sporting.
Sporting mantém jogadores-chave
Contudo, Hugo do Carmo defende que Quenda “não é um jogador fundamental”
para o Sporting, o que terá pesado na decisão de aceitar a proposta do Chelsea. “O emblema londrino é um dos novos ricos do futebol mundial e tem gasto fortunas a cada reabertura de janela de mercado, revelando uma liquidez financeira sem paralelo. A bem da verdade, tem comprado tudo o que mexe, essencialmente jovens talentos. A ideia, parece-me, é construir uma equipa de futuro.”
Além de Quenda, o Sporting vendeu também Dário Essugo ao Chelsea por 22,3 milhões de euros, elevando o encaixe total para 74,4 milhões. “Compreendo a opção, até porque à transferência de Quenda se associou um bónus: Essugo. O médio defensivo emprestado ao Las Palmas ruma também ao Chelsea e por 22 milhões de euros!”
, explica Hugo do Carmo. Apesar da saída dos dois jovens, o Sporting mantém os jogadores fundamentais para a próxima época, depois do “esforço que fez esta época para segurar todos (!) os jogadores fundamentais, em nome de um bicampeonato que não celebra há 70 anos.”
Segundo Hugo do Carmo, “74 milhões são uma grande ajuda, até porque ainda mantém todos os jogadores fundamentais.”