O calvário das lesões graves
Em entrevista ao podcast 'Entrelinhas', da Betano e conduzido pelo ex-jogador Afonso Figueiredo, Nuno Santos abriu o coração ao antigo companheiro no Rio Ave e amigo que o futebol lhe deu, abordando o calvário que tem vivido ao longo da carreira devido a lesões graves nos joelhos. “Sempre disse que, depois do segundo cruzado, se tivesse uma lesão grave, deixava o futebol. A minha mãe sempre me diz que nem quer saber como correu [a recuperação]. Só quer saber pela boca do meu pai que correu tudo bem. Porque é difícil, acredita. Venho para cá muitas vezes a pensar porque Deus me deu isto. A minha mulher diz sempre que Deus dá estas coisas a grandes guerreiros e que estava escrito.”
, assumiu o jogador, num discurso emotivo.
Três lesões graves em três anos
Nuno Santos lembrou as dificuldades por que passou na carreira devido às lesões, incluindo as duas lesões graves nos ligamentos cruzados. “Na minha carreira, já tive três lesões muito graves, dois cruzados. Com esta terceira não é fácil. Toda a gente sabe o que foi agora esta lesão do [tendão] rotuliano. O que posso transmitir é que é muito duro. São três anos perdidos na minha carreira. Na minha segunda lesão, voltei muito bem e isto não é fácil. Todas as coisas aconteceram ao mesmo tempo. Quando toco no assunto, é difícil. Isto não é nada fácil. Tu foste jogador, sabes como é. Estou numa fase que ainda não vejo a luz ao fundo do túnel, porque ainda falta algum tempo.”
A determinação de voltar mais forte
Apesar do calvário, Nuno Santos mantém a determinação de regressar mais forte: “Sobre a segunda lesão, rompi num jogo-treino com uma pancada. Faz parte do crescimento. O que posso dizer é que nunca desisto. Mesmo com esta lesão, vou voltar muito mais forte do que era. É uma mentalidade diferente, porque já tenho mais um ano em cima – 30 anos -, mas é como se fosse 26 ou 27. Porque perdi três anos da minha carreira. Depois da segunda, voltei muito bem e muito mais cedo do que o previsto. Não me queriam dar alta. Fui forçar o médico da seguradora para me dar alta. E quando voltei, voltei em grande.”