Regresso a Lisboa com quatro medalhas
A participação da delegação portuguesa nos Campeonatos da Europa de atletismo de pista curta, em Apeldoorn, Países Baixos, saldou-se num balanço muito positivo para Portugal. A comitiva regressou a Lisboa com um recorde de quatro medalhas conquistadas nesta competição.
Destaque para a lançadora do peso Auriol Dogmo, que garantiu a conquista de uma medalha de bronze. Apesar de ter sido bicampeã europeia em pista curta, a atleta do Sporting enfrentou dificuldades na temporada anterior, ficando mesmo de fora dos Jogos Olímpicos de Paris devido a uma fratura numa perna.
«Não voltaria a Portugal sem medalha»
«Não estava fácil. Dava para ver na qualificação. Nunca fico para o fim na qualificação. Mas meti na cabeça que não voltaria a Portugal sem medalha, fosse de ouro, prata ou bronze, teria de trazer uma medalha!», revelou Dogmo, emocionada com a conquista. A atleta de 34 anos superou os problemas e conseguiu subir ao pódio, algo que a deixou «muito feliz».
Outras medalhas portuguesas
Além de Dogmo, a comitiva lusa contabilizou ainda mais três medalhas: o bronze de Salomé Afonso nos 3000 metros e os bronzes de Isaac Nader nos 1500 metros e de Salomé Afonso, que obteve ainda uma medalha de prata na mesma distância.
Salomé Afonso, visivelmente entusiasmada, frisou a importância da conquista após uma grave lesão e uma gravidez: «Depois de uma lesão tão grave e de uma gravidez, voltar e logo conquistar uma medalha europeia, é muito bom, é demais. Esta medalha vale muito, vale mesmo muito!».
Apesar da alegria pela prestação da equipa nacional, Dogmo lamentou não ter partilhado o pódio com a colega de equipa no Sporting, Jessica Inchude, que terminou a final na quinta posição. «Fiquei triste, sim. Porque a Jessica é uma miúda que merece. É uma menina muito dedicada, carinhosa, gosto muito dela. Mas não posso ganhar por ela. Disse-lhe que ainda é jovem e que terá muitas oportunidades para chegar ao pódio nestas competições», sublinhou.