O Sporting enfrentou uma verdadeira crise de lesões no meio-campo ao longo da temporada. As baixas de jogadores-chave como Morita, Hjulmand e Pedro Gonçalves obrigaram o treinador Rui Borges a recompor a peça central da equipa com soluções improváveis.
O plantel inicial
No arranque da época, o Sporting contava com quatro opções para o miolo do terreno: Hjulmand e Morita como titulares indiscutíveis, Bragança para a rotatividade e Pedro Gonçalves como solução de recurso. No entanto, os problemas físicos surgiram cedo e com eles chegou a necessidade de soluções alternativas.
Primeiro, a lesão de Pedro Gonçalves deixou o Sporting "órfão no ataque e no meio-campo", como descreveu o treinador Rui Borges. Depois, os recorrentes problemas de Morita obrigaram a uma "promoção" do jovem João Simões, de 17 anos, da equipa B para se tornar titular indiscutível no miolo do terreno.
A saga das soluções improváveis
Com a nova baixa de Hjulmand, o treinador Rui Borges viu-se forçado a recorrer a outros jogadores. Inicialmente chamou Henrique Arreiol, de 19 anos, mas este rapidamente perdeu espaço para a estreia de Alexandre Brito, outro jovem de 19 anos, ao lado de Debast, central belga contratado no verão.
Porém, a lesão de Alexandre Brito deixou o Sporting novamente sem soluções para o meio-campo. Foi neste cenário que surgiu a oportunidade de Eduardo Felicíssimo, médio de 18 anos, se estrear como titular na vitória sobre o Estoril (3-1). O jovem português, que era a 7ª opção no início da temporada, juntou-se a Debast, um central adaptado, para formar uma "dupla improvável" no encontro com o Casa Pia.
Assim, de quatro opções iniciais, o Sporting viu-se obrigado a recorrer a nada menos que nove soluções diferentes para o miolo do terreno ao longo da temporada, devido aos problemas físicos que assolaram o plantel. Uma verdadeira "saga de adversidades" que colocou nos holofotes jovens talentos como João Simões, Alexandre Brito e agora Eduardo Felicíssimo.