Versatilidade do jovem central
Zeno Debast chegou esta temporada a Alvalade, vindo do Anderlecht por 15,5 milhões de euros, com o rótulo de defesa-central promissor. No entanto, com as limitações do plantel do Sporting devido a lesões, o jovem belga de 21 anos tem sido mais utilizado como médio pelos treinadores.
Esta mudança de posição tem-se revelado uma surpresa muito positiva, não só para os adeptos dos leões, mas também para quem conhece melhor Debast. «Quando começou a sua carreira como jogador juvenil, era médio-ofensivo. Depois desceu um pouco no campo para médio-defensivo e destacou-se na equipa principal como defesa, mas não perdeu as suas qualidades e não perdeu as suas capacidades para jogar noutra posição», explicou Jean Kindermans, antigo diretor da academia do Anderlecht, clube onde Debast se formou.
Impacto no meio-campo
Nos últimos dois jogos, Debast tem estado em grande destaque nessa nova função. Marcou o golo da vitória nos quartos de final da Taça de Portugal, diante do Gil Vicente, e fez ainda duas assistências na última vitória sobre o Estoril.
«Provavelmente, mas é difícil dizer. Talvez dentro de duas ou três semanas ou dois ou três meses, esteja novamente a jogar a defesa central. Por vezes, os treinadores podem mudar a trajetória da carreira de um jogador colocando-o noutras posições. Às vezes resulta. É bom que possa provar que em Portugal pode jogar no meio-campo», referiu Kindermans.
Adaptação ao Sporting
Apesar do bom momento, Debast também já enfrentou algumas adversidades na sua estreia em Portugal, nomeadamente a saída do técnico Rúben Amorim, que o tinha convencido a rumar a Alvalade. «Ele ficou um pouco triste com o facto de o Amorim ter ido para Inglaterra, foi ele que o convenceu a ir para o Sporting. Imagino que tenha sido um momento difícil e foi também o momento em que perdeu um pouco a liberdade com bola, mas agora está a sair-se muito bem na nova posição», explicou Kindermans.
De qualquer forma, o responsável da academia do Anderlecht acredita que Debast tem um futuro promissor, seja na defesa central ou no meio-campo. «Tem competências técnicas e cognitivas suficientes para fazer bons jogos. Não estou surpreendido que esteja a sair-se bem», concluiu.