Quando Rui Borges assumiu o comando do Sporting, em dezembro de 2024, herdou uma equipa com muitas lesões e um plantel desgastado. Desde então, o treinador tem sido constantemente questionado sobre o estado físico dos jogadores, especialmente de Viktor Gyokeres.
No entanto, o Sporting adota uma política de pouca transparência sobre as lesões da equipa. O Sporting não faz comentários sobre o boletim clínico dos jogadores, a menos que se trate de uma situação grave ou de longa duração. É política do clube e uma questão de ética médica, explicou uma fonte oficial do clube.
Rui Borges defende-se
Rui Borges defende-se, afirmando que os clubes não dizem as lesões dos jogadores todos. Dizem quando são lesões de grande tempo de paragem, como nos joelhos. Lesões que são a longo prazo. Mas nós não podemos estar a especificar a lesão de Gyokeres.
No entanto, o treinador não é o único responsável por esta falta de transparência. O Sporting já havia adotado essa postura em casos anteriores, como na intervenção cirúrgica ao joelho direito de Gyokeres em maio do ano passado, que se tentou esconder, e na intervenção nunca reconhecida que St. Juste também fez no verão. Além disso, a situação de Pedro Gonçalves, que se prolonga há mais de três meses sem explicações, segue a mesma linha de silêncio.
Especulações e rumores
Apesar de os jogadores poderem pedir sigilo sobre a sua situação clínica, é difícil acreditar que sejam eles a solicitar esse silêncio aos adeptos. Afinal, ainda há pouco tempo, as informações sobre lesões eram fornecidas de forma transparente, com os médicos do clube a explicar detalhadamente a situação.
Essa falta de comunicação acaba por gerar especulações e rumores, sobrecarregando Rui Borges, que se vê obrigado a responder a questões sobre lesões em praticamente todas as suas conferências de imprensa, deixando menos espaço para abordar os aspetos técnicos e táticos da equipa.