No passado domingo, dos 3771 sócios que votaram, sete em cada dez foram a favor da medida proposta pelo Conselho Diretivo para alterar os estatutos e permitir o voto eletrónico à distância. No entanto, Varandas destaca que esse número representa menos de 4% de todos os sócios elegíveis para votar, o que levanta questões sobre a representatividade das decisões tomadas nas Assembleias-Gerais. O presidente acredita que o sistema de votação atual permite que uma minoria tenha um peso desproporcional nas decisões, já que a participação eleitoral costuma ser baixa.
Varandas rejeita os argumentos de fiabilidade do sistema de voto eletrónico apresentados por algumas figuras conhecidas. Ele ressalta que desde 2017, as eleições no clube têm sido realizadas com voto eletrónico, e o processo de contagem de votos é digital e auditado por uma empresa externa ao clube.
O presidente do Sporting argumenta que o voto eletrónico à distância dispersaria verdadeiramente o poder pelos sócios do clube, evitando que grupos minoritários o monopolizem. Para Varandas, este é o cerne da questão do voto eletrónico, o poder que uma minoria não quer perder para continuar a condicionar a maioria.