No editorial desta semana do Jornal Sporting, Frederico Varandas voltou a abordar a questão do voto eletrónico à distância, uma proposta que foi apresentada na última Assembleia Geral do clube, mas não obteve os votos necessários para ser aprovada. O presidente do Sporting defende que esta medida é fundamental para descentralizar o poder no clube, permitindo que todos os sócios tenham a possibilidade de participar ativamente nas decisões.
Varandas destacou a importância do voto eletrónico à distância, afirmando: 'No dia em que houver voto eletrónico à distância, o poder fica realmente disperso e descentralizado por todos os Sócios do Sporting CP, e nunca mais por grupos minoritários. Este é que é o verdadeiro cerne da questão do voto eletrónico. O poder que uma minoria não quer perder para continuar a condicionar uma maioria.'
O presidente do Sporting questionou ainda a prevalência de uma minoria sobre a maioria, afirmando: 'Queremos que uma minoria de 600, 800 Sócios continue a decidir por mais de 100 000 Sócios com poder de voto? No dia em que o voto seja Universal, nunca mais um grupo qualquer consegue controlar ou condicionar uma Assembleia.'
Apesar de a proposta não ter sido aprovada, Frederico Varandas ressaltou que o tema do voto eletrónico à distância será discutido novamente no futuro pelos sócios do clube. O presidente do Sporting enfatizou a importância de todos os sócios exercerem o seu direito de voto, afirmando: 'Cumpriremos sempre os estatutos, assim como o sentido de votação expresso pela maioria. Haverá novo dia, mas de pouco valerá se os sócios abdicarem de exercer o seu principal direito: participar, decidir... votar.'