Pouco mais de uma semana após a chegada de Rui Borges ao Sporting, o novo treinador já conseguiu imprimir a sua marca no plantel. Segundo o que foi possível apurar, os jogadores têm respondido muito positivamente aos métodos do técnico de 43 anos, que trocou o V. Guimarães pelo Alvalade no final de dezembro.
Rui Borges tem uma máxima que já está inscrita nos balneários da Academia Cristiano Ronaldo e no Estádio José Alvalade: «agressividade, intensidade, competitividade». É com este lema que o treinador transmontano, natural de Mirandela, incentiva os jogadores, que já assimilam a sua forma de trabalhar de forma recetiva e muito positiva.
Treinos de alta intensidade
«Ninguém pode relaxar! Nunca!», é a principal nota dos primeiros 11 dias do trabalho de Borges, que tem imprimido um ritmo muito intenso nos treinos. Essa é também a principal característica que mais tem agradado aos jogadores, que se sentiam órfãos depois da saída de Rúben Amorim para o Manchester United.
«Os treinos de Borges são muito intensos. É essa a principal nota dos primeiros 11 dias do treinador», revelam fontes próximas do plantel. Os jogadores reconhecem a capacidade do novo treinador e sentem-se confortáveis com o nível de exigência e esforço pedido.
Mudança de sistema tática
Já foi com esse lema de «agressividade, intensidade, competitividade» que os leões enfrentaram o Benfica, no dérbi de Alvalade, e venceram por 1-0, com golo de Geny Catamo. Tinham apenas três treinos com o novo treinador, mas isso não impediu a mudança de sistema, do já confortável 3-4-3 de Amorim (e também João Pereira) para um 4-4-2 que se transforma num 4-3-3 a atacar, que os jogadores abraçaram e estão prontos para trabalhar.
Depois da vitória moralizadora no dérbi, seguiu-se um empate dececionante (4-4) em Guimarães, mais ainda porque a equipa desperdiçou uma vantagem de 3-1. No horizonte já as meias-finais da Taça da Liga, com o FC Porto — amanhã às 19h45 no Municipal de Leiria — e o discurso no centro de treinos dos leões tem sido de confiança.
Comunicação clara
Borges é duro nos treinos, mas foi menos nas palavras pós-Guimarães, preferindo passar confiança, mas, naturalmente, pedindo muita exigência.
Outra mensagem que passou o treinador é a de que a equipa tem de estar ciente de que há muito trabalho pela frente. «Qualidade todos têm, não são campeões nacionais por acaso e também não era por acaso que estavam a ser equipa demolidora até à saída de Amorim. Há, no entanto, agora muito a trabalhar e melhorar, até pela mudança de desenho tático com novas dinâmicas», revelam as mesmas fontes.
Mas neste processo outro aspeto que muito está a gradar aos jogadores é a «linguagem clara que Rui Borges usa. Todos o entendem», acrescentam.
Recuperação de lesões
Entretanto, Gonçalo Inácio e Bragança apresentam melhorias significativas, até para poderem passar a integrar os treinos, mas os leões não querem arriscar entradas que possam revelar-se precipitadas. A segunda quinzena do mês deverá ser o período ideal para o regresso destes dois jogadores.