Thomas Ravelli, lenda do futebol sueco e figura no Mundial de 1994, faz uma comparação elogiosa entre o avançado do Sporting, Viktor Gyokeres, e uma das grandes estrelas da Suécia do passado, Gunnar Nordahl.
O antigo guarda-redes, de 65 anos, não poupa elogios ao goleador dos leões, considerando que Gyokeres «tem algo» do mítico jogador que brilhou pelo Milan nos anos 50. Em conversa com O JOGO, Ravelli acredita que o avançado do Sporting irá mudar de ares em breve, provavelmente rumo a uma das principais ligas europeias, como a Premier League ou a Serie A.
Comparação com Gunnar Nordahl
«Eu comparo-o aos grandes avançados de antigamente, especialmente ao nosso Gunnar Nordahl, que foi um dos grandes nomes da história do Milan e da Suécia. Foi goleador da Liga italiana por cinco anos seguidos, era um verdadeiro búfalo e marcava golos sem fim», elogia Ravelli, falando de um mítico dianteiro que apontou 214 golos pelos rossoneri, em 272 aparições.
«Gyokeres acho que tem algo dele, pelas caraterísticas que vemos e os jogos a que vamos assistindo. Marca em quase todos os jogos, está sempre no sítio certo. Acho que teve um desenvolvimento brutal e excecional no Sporting. Acredito que vai mudar de equipa, é o processo natural, e chegar a uma grande liga, talvez Inglaterra ou Itália, mas acredito mais em Inglaterra», sustenta.
Valorização em Portugal
Ravelli aprova a opção de Gyokeres ter procurado Portugal para se valorizar. «É uma das ligas fortes da Europa, embora não cheguem tantos jogos cá. Na Suécia estamos sempre mais documentados sobre o que acontece em Inglaterra. Seguimos o Viktor muito mais pelos jogos da Champions e da seleção. Em Portugal sei que há grandes ambientes nos jogos, o tempo é espetacular, joga num país adorável, envolvido por pessoas muito positivas», enaltece Thomas Ravelli, lembrando que esteve perto de conhecer a Liga Portuguesa depois do Mundial de 1994.
Nova geração de avançados suecos
«Ele tem-se revelado muito forte, poderoso e com um aproveitamento incrivelmente bom», acrescenta Ravelli, vendo Gyokeres liderar uma nova Suécia. «Temos produzido grandes avançados, faz pouco tempo estava pessimista sobre a seleção, mas, agora, estou otimista, porque apareceram muitos avançados. Temos problemas com a defesa, que era a nossa força», regista.