Em manifesto publicado no seu site, a Torcida Verde, uma das claques do Sporting, abordou o atual momento do clube de Alvalade, deixando críticas às decisões da direção liderada por Frederico Varandas.
A claque fundada em 1984 recorreu ao episódio recente da saída de João Pereira do comando técnico dos leões para apontar a sua insatisfação com o que considera ser a "futebolização dos adeptos" e a "idolatria como estratégia de marketing" por parte da direção do Sporting.
## Saída de João Pereira e chegada de Rui Borges
Segundo a Torcida Verde, com a chegada do terceiro treinador nos últimos 43 dias, Rui Borges, «o sucesso do futebol recolocará a nação leonina num renovado artificial estado de euforia, com o inevitável endeusamento do novo treinador do futebol leonino e da infalível "estrutura"». A claque considera que a experiência com João Pereira, agora afastado, será definida pelos «narradores oficiais» como «"normais dores de crescimento", prontamente resolvida pelo planeamento cientifico da "estrutura"».
Caso os resultados futebolísticos tardem em recolocar o onze leonino na liderança, a claque alerta que «a balcanização em hibernação com a conquista dos títulos de futebol, poderá revelar-se de novo». Isto, acrescentam, será um «novo capitulo do modelo "Vitória ou morte" do processo de futebolização, em marcha desde Maio 1995 com o projecto Roquette, que capturou grande parte da nação leonina».
## Impacto da saída de Rúben Amorim
A Torcida Verde lembra ainda o impacto que teve a saída de Rúben Amorim no último mês e meio, além dos resultados desportivos do futebol profissional. Segundo a claque, «uma estratégia "comucacional" nos antípodas da IDENTIDADE do Sporting Clube de Portugal que teve como resultados imediatos: a pressão da nação leonina, sobre os novos timoneiros do futebol profissional, tornou-se sufocante; as assistências em Alvalade passaram da casa dos 40 mil adeptos para a casa dos 20 mil adeptos, no jogo com o Santa Clara para a Taça de Portugal».
A claque conclui o seu manifesto afirmando que «uma espécie de esquizofrenia parece contagiar demasiados "adeptos", obcecados com a conquista do bicampeonato, provocando o espectável efeito boomerang que alertámos no manifesto "Vitória ou morte"».