Rui Almeida, antigo treinador-adjunto do Sporting na época 2012/13, recordou esse período como uma altura complicada para o clube, mas também como um momento em que se criou um "espírito muito engraçado" com a aposta em vários jovens jogadores.
Segundo Almeida, nessa altura o Sporting estava "quase na linha de descida de divisão", numa fase de "mudança de direções" no clube, com a saída de Godinho Lopes. «É uma coisa inacreditável», afirmou o antigo adjunto de Jesualdo Ferreira.
Aposta na juventude
Apesar das dificuldades, Almeida destaca o papel do treinador principal na altura, Jesualdo Ferreira, na "capacidade de atrair os jogadores" para a sua ideia de jogo. «Isso foi fundamental. Agregámos ali um conjunto de jogadores com alguma experiência, mas muito jovens, como o Marcos Rojo, o André Carrillo. Os jogadores compraram o reconhecido 4-3-3 do professor dentro de uma juventude enorme», explicou.
Entre esses jovens jogadores, Almeida destacou nomes como Rui Patrício, Eric Dier, Bruma, Tiago Ilori, João Mário e Ricardo Esgaio. «Estou a falar do Rui Patrício. O Eric Dier tinha 18 anos, o Bruma tinha 18 anos, o Tiago Ilori tinha 18 anos, o João Mário era muito novo, O Ricardo Esgaio era muito novo. O Adrien [Silva] também estava. Uma série de jogadores que acabaram por ser campeões da Europa quatro anos mais tarde», recordou.
Saída de jovens talentos
Apesar de não terem conseguido atingir "níveis muito altos na classificação", Almeida considera que a equipa deixou o clube "organizado" e que, logo de seguida, o Sporting acabou por vender alguns desses jovens jogadores, como Eric Dier e Bruma.
«Dentro da dificuldade, criou-se um espírito muito engraçado. E ficámos muito felizes. A responsabilidade é toda do professor. Muitos deles fizeram carreiras gigantes», concluiu Rui Almeida.