Após a saída de Ruben Amorim do comando técnico do Sporting, o presidente Frederico Varandas apostou em João Pereira como seu sucessor. No entanto, a transição revelou-se calamitosa, com a equipa a perder o rumo e a cair na classificação da Liga Bwin.
João Pereira durou pouco mais de um mês na equipa principal do Sporting, com apenas três vitórias em oito jogos, duas delas nas eliminatórias da Taça de Portugal. Na Liga, a equipa somou apenas quatro pontos em doze possíveis, passando de líder incontestado na 11.ª jornada a 2.º classificado na ronda 15.
A defesa de João Pereira
João Pereira ainda argumentou que a competência de um treinador não se vê apenas pelos resultados, mas a sequência inicial foi tão má que não deu alternativa à SAD do Sporting, refere o texto. Em condições normais não faz sentido desistir de um treinador ao fim de pouco mais de um mês, mas o impacto da saída de Ruben Amorim foi demasiado negativo.
Apesar de Pereira ter argumentado que o seu trabalho ficou condicionado por lesões e erros de arbitragem, a verdade é que do trabalho de Amorim, só ficou mesmo a estrutura tática. O Sporting tornou-se uma equipa inofensiva a atacar e tremendamente insegura a defender, muito por força de uma transição calamitosa.
A aposta em João Pereira
A aposta em Pereira até fazia algum sentido, reconhece o texto, pois promover alguém que estava por dentro do projeto parecia ser um plano lógico. No entanto, encontrar outro Amorim seria o equivalente a descobrir petróleo nos terrenos de Alcochete.
Varandas chegou a acreditar que Pereira vai crescer no clube e que 'estará dentro de quatro ou cinco anos num dos clubes mais poderosos da Europa', mas o texto considera que para vir a tirar algum mérito disso, Varandas terá de provar entretanto que o projeto não era apenas Ruben Amorim.
Numa declaração citada, Varandas admitiu que o Sporting não quis que fosse este o momento, o João Pereira não queria que fosse este o momento... mas teve de ser.