A confiança é um fator decisivo no desempenho de qualquer jogador de futebol. Quando um atleta se sente confiante e acreditado, as suas exibições tendem a atingir níveis elevados. Por outro lado, quando essa confiança se perde, mesmo os melhores jogadores podem ter dificuldade em expressar todo o seu talento.
Este sábado, no jogo entre Sporting e Boavista, tivemos o claro exemplo de um jogador cujas exibições estão diretamente dependentes da confiança. Viktor Gyökeres tinha vindo a ser um dos destaques do futebol português desde que atingiu esse estado psicológico, mas pareceu deixá-lo cair muito rapidamente com a saída de Rúben Amorim. No entanto, assim que as coisas lhe correram bem, «voltou ao novo normal com dois golos e uma série de bons lances individuais», como destacou a crónica.
O regresso aos golos de bola corrida
Embora muito longe do melhor que já apresentou ao Estádio José Alvalade, Viktor Gyökeres conseguiu regressar aos golos de bola corrida e ao mesmo tempo manter a veia criativa que tem tentado criar para dar resposta a problemas coletivos. «Continua a não ser tão convidado a aproveitar o talento sem paralelo para o ataque à profundidade, mas, quando surge esse momento cada vez mais raro com o novo treinador, brilha.»
A qualidade de Gyökeres torna-se ainda mais evidente à medida que o nível do plantel do Boavista vai baixando. «A jogar a extremo esquerdo, como tem sido normal, foi o elemento mais perigoso do ataque visitante ao longo de praticamente todo o jogo e por isso mereceu, de certa forma, a oferenda do guarda-redes adversário.»
A importância de Quenda no Boavista
Quenda, como é conhecido, «jogou mais pelo centro do que o habitual e com menos responsabilidades defensivas, mas chega a esta lista de destaques do jogo sem sequer contribuir com golos ou assistências, mas sim por ser um dos jogadores com maior taxa de acerto nas suas ações. Ao contrário de Araújo, por exemplo, que falhou tanto quanto acertou. Quenda trabalha bem entre linhas e sob a pressão adversária, o que significa fluidez e desequilíbrio.»
O golo de alívio de Bozeník
Robert Bozeník marcou pela primeira vez na Liga ao 14.º jogo. Ou, melhor: «Bozeník marcou pela primeira vez em 19 jogos oficiais na temporada, entre clube e seleção. Mais, até: o avançado eslovaco, que chegou a ser um grande destaque na temporada passada, marcou pela primeira vez desde fevereiro!» A «cabeçada certeira em Alvalade» permitiu-lhe «retificar o que tem falhado e dar por concluído um pesadelo sem fim.»
O erro de Pedro Gomes
Ao 23.º minuto, Pedro Gomes deu ao Sporting «exatamente o que a equipa precisava: a oportunidade de entrar a vencer depois de quatro derrotas consecutivas, com um atraso tão mau quanto desnecessário.» Apesar disso, «a verdade é que é só mais um na vasto catálogo de erros e más exibições que o jovem lateral tem cometido. Não está ao nível de Primeira Liga... e não há nada de errado com isso.»
Neste jogo, Adán, o guarda-redes titular do Sporting, «ficou muito longe» das suas melhores exibições da época. «Sofreu golo nos dois remates enquadrados à sua baliza e no segundo deles foi muito mal batido.»