Depois de 21 épocas no futebol profissional, Nani, aos 38 anos, anunciou o adeus aos relvados. A recente perda do pai foi um fator decisivo para a decisão do internacional português.
Adeus à carreira de futebolista
Perder o meu pai fez-me querer mudar e estar mais tempo com a família, refere Nani num vídeo postado na conta oficial nas redes sociais. O extremo ainda esteve no banco de suplentes frente ao Nacional da Madeira, antes de ser surpreendido com a morte do progenitor.
Têm-me surgido algumas oportunidades para seguir outros caminhos e isso faz-me acreditar que estou pronto, continua Nani, no anúncio oficial do adeus aos tempos de futebolista. Por exemplo, a academia que estou a construir para os mais jovens. Como sabem, tudo tem um fim e neste momento tomei a iniciativa de tomar uma decisão muito importante, talvez a mais importante da minha vida profissional, de deixar de jogar como profissional.
Carreira de excelência
Nani integrava o plantel do Estrela da Amadora e jogou pela última vez a 1 de novembro, na derrota por 5-1 em Alvalade. No vídeo de despedida, as últimas palavras que se escutam pertencem a Ricardo Quaresma, um dos inseparáveis companheiros: Lá vai o Nani, vai marcar um golo, vai dar um mortal, lá vai o Nani.
A Federação Portuguesa de Futebol, através de uma mensagem do presidente Fernando Gomes, associou-se ao momento, afirmando que Nani não foi apenas um jogador de excelência, mas também um modelo de perseverança, inspirando gerações de jovens atletas em Portugal e no mundo. Neste momento de despedida, quero expressar a minha profunda gratidão a Nani por tudo o que ele fez pelo futebol português.
Palmarés impressionante
O palmarés de Nani está à altura do seu brilhantismo enquanto executante. Ganhou uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes, quatro vezes a Premier League, três vezes a Taça de Portugal. Faltou-lhe apenas conquistar um campeonato português com o seu clube do coração, o Sporting.
Nos leões realizou 141 jogos oficiais em três períodos diferentes, mas foi no Manchester United que esteve mais tempo e foi mais feliz: 230 jogos e 42 golos entre 2007 e 2015. No último verão decidiu voltar a Portugal, para finalizar o brilhante percurso, e ainda ajudou o Estrela da Amadora em dez presenças oficiais. As últimas.