Fernando Gomes deixa um legado notável no futebol português

  1. Um dirigente discreta e eficaz que soube rodearse de uma equipa de excelência
  2. Fernando Gomes, presidente da FPF nos últimos anos
  3. Tiago Craveiro, Carlos Godinho e Hermínio Loureiro foram determinantes para a evolução do futebol português
  4. O futebol português evoluiu a nível organizacional, de projeto global e de imagem internacional

Uma liderança discreta e eficaz

Um dirigente não se impõe, define a sua estratégia, organiza o seu plano e prossegue, discreto mas eficaz, atingindo os objetivos parcelares a caminho do fito maior. Este é o perfil de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nos últimos anos, que soube rodearse de uma equipa de excelência e deixar um legado notável para o futebol português.

Um dirigente é saudado pelo seu legado, pela sua atitude e pela sua vontade. O legado que deixa, seja do ponto de vista patrimonial, seja na relação estabelecida com todos os que gravitam no âmbito da sua missão, seja na capacidade de conciliar interesses, adequar recursos e projetar ideias, escreve o jornalista Rui Almeida no seu espaço de opinião semanal 'Livre e Direto'.

A Equipa de Excelência

Gomes esteve rodeado de uma equipa de excelência, a quem sempre concedeu condições para sonhar, tal como ele próprio sonhou. Tiago Craveiro, Carlos Godinho e Hermínio Loureiro são três nomes extraordinários que, juntamente com Gomes, foram determinantes para a evolução do futebol português nos últimos anos.

Tiago Craveiro, "o homem na sombra que, na realidade, foi o ideólogo dos novos tempos do futebol português, na perspetiva de estruturação que lhe foi garantida pela nova ordem no organismo federativo". Carlos Godinho, "uma trave-mestra do trabalho das seleções nacionais, e que agora, aos 70 anos, encerra uma carreira única, com 390 jogos na equipa A, seis fases finais de Mundiais e oito de Europeus". E Hermínio Loureiro, "o homem que tudo começou, pé ante pé, com a despistagem de talentos (Craveiro é o melhor exemplo…), com a ideia inicial de um futebol mais solidário, organizado, profissional, destemido na competitividade perante os seus parceiros, marca incontornável da ambição de um país e gerador de consensos, encontros e projetos".

O Legado de uma Visão Transformadora

O que o futebol português é hoje, do ponto de vista organizacional, do enquadramento de um projeto global, da agregação de todos os setores, de capacidade de se evidenciar como uma marca de qualidade além-fronteiras, deve a estes nomes, mas também a todos os outros que, de uma forma não interesseira, natural e pró-ativa, se deixaram seduzir e procuraram, nas suas dimensões geográficas, mimetizar esta ideia extraordinária e talvez pouco portuguesa de que, de facto, poderíamos estar a caminho da excelência.

Porque – e não façamos confusões – a ideia essencial para o futebol português passa por este verbo: agregar. Agregar todos os setores, alargar e abranger as áreas periféricas, incluir regiões, motivar protagonistas e dar-lhes a necessária dimensão. Jogadores, médicos, fisioterapeutas, dirigentes, treinadores. E associações, a base de todo o desenvolvimento. Os clubes profissionais são uma curta (embora importante) franja do futebol global que devemos almejar em Portugal. Está nas 22 associações o papel principal desta história de evolução paulatina, consistente, forte para a formação contínua e continuada de jogadores e quadros nas mais diversas áreas.

O Futuro do Futebol Português

Esta é, para a FPF, uma fase decisiva. Uma fase destinada a quem sabe o que quer, tem trabalho realizado, tem visão global, transversal e profunda, congrega e agrega, transporta e motiva. Até agora, há apenas um candidato à presidência do organismo de que gere o futebol português. Esse facto é (deve ser) determinante, porque representa capacidade de decisão em relação ao futuro, trabalho e legado deixados no dirigismo associativo, propensão ab initio para o diálogo, para a partilha, para a inclusão, para a motivação.

Nenhuma organização poderá desejar mais ou melhor, como ponto de partida, para o seu futuro próximo, que inclui a massificação do jogo, a motivação da arbitragem, a imagem internacional renovada, a organização interna, um Mundial dentro de cinco anos e meio (isto é, amanhã…).

Uma Candidatura Natural

Não há candidaturas a ferros, não há vontades dissimuladas ou apoios de conveniência quando se trata do futuro imediato e mediato do futebol em Portugal. Há projeto de organização e protagonistas em cada área, para que todos nos revejamos e saibamos com o que podemos contar. Não há abandonos a meio do percurso pela conveniência de um lugar muito solicitado. Haverá, sim, a ascensão natural de quem conhece o futebol português como poucos, e para ele tem um compromisso de lealdade, capacidade e qualidade.

Bruno Lage garante concentração máxima no Vitória SC

  1. Lage reiterou que a sua concentração absoluta está nos jogadores do Benfica atual
  2. Benfica empatado no topo da classificação com o Sporting
  3. Vitória SC próximo desafio, com importância especial na luta pelo título
  4. Lage garante equipa concentrada e motivada para o jogo

Andrade analisa época do FC Porto: "Tem que jogar bem, não chega só ganhar"

  1. "O FC Porto tem que melhorar visto que não é a imagem dele. No último jogo [frente ao Casa Pia] já venceu. Ganhar é importante mas os sócios portistas são muito exigentes, ganhar não chega, tem que jogar bem também" - Jorge Andrade
  2. "um ano zero no FC Porto, com a mudança de direção, mudança de estratégia. É ter muita paciência porque esta caminhada não se faz em dois dias e o FC Porto tem que estar é unido" - Jorge Andrade
  3. "a luta pelo título nacional está a ser uma prova em que os da frente estão a perder muitos pontos, quem ganhar deve ser um dos campeões com menos pontos. Daí que vai ser emoção até ao fim mas porque existem muitos erros. É ver quem vai ser o menos mau a vencer" - Jorge Andrade
  4. "em Portugal, se a arbitragem não fosse posta em causa era um milagre. Por isso não é novidade nenhuma mas, desde que seja tudo feito na base do respeito, penso que não vai haver qualquer tipo de problema. As equipas têm que tentar os seus objetivos e serem cordiais, vamos ver o que va acontecer" - Jorge Andrade