O Milan fez uma mudança técnica importante no verão, contratando Paulo Fonseca para substituir Stefano Pioli no comando da equipa. O diretor técnico do clube, Geoffrey Moncada, explicou em entrevista as razões por detrás desta escolha e os primeiros resultados da nova abordagem de Fonseca.
Moncada acredita que o estilo de jogo de Fonseca é o mais adequado para o Milan, que deve «controlar o jogo e a bola» em São Siro. «Paulo tem um estilo de futebol que acreditamos que o Milan deve ter. Jogamos em San Siro, devemos controlar o jogo e a bola. Devemos ser sólidos nestas matérias», começou por dizer.
O novo método de Fonseca
Segundo Moncada, Fonseca é «um bom trabalhador» que tem «sessões de treino interessantes», tanto a nível individual como coletivo. «O Paulo é um bom trabalhador, tem sessões de treino interessantes, trabalhando tanto individualmente como com o coletivo. Por exemplo, já o vi pegar em quatro ou cinco médios depois de uma sessão normal e fazer um trabalho específico só com eles», revelou.
O diretor técnico pede paciência para que os resultados do trabalho de Fonseca se possam ver a longo prazo. «Estamos apenas em novembro, mas tenho a certeza de que, no final da época, veremos que muitos jogadores fizeram enormes progressos com ele», garantiu.
Aproximar-se da elite europeia
Moncada acredita que o Milan pode aproximar-se do nível dos melhores clubes da Europa, como o Manchester City, Liverpool ou Bayern Munique, mas reconhece que «não é fácil». «Queremos, pelo menos, aproximarmo-nos disso, mas não é fácil. O Liverpool demorou oito anos a chegar a este nível, porque antes não era assim. Foi necessário uma estratégia e um treinador [Klopp] com uma metodologia muito precisa. Queremos fazer o mesmo com um treinador que tenha ideias claras e possa desenvolver os jogadores», explicou.
O caso de Rafael Leão
Sobre o início de época conturbado de Rafael Leão, Moncada desvaloriza e acredita que o jogador já deu provas da sua qualidade. «Trabalhamos juntos todos os dias, apoiamo-lo e agora penso que o Leão é um jogador totalmente diferente. Basta ver as suas exibições contra o Real Madrid, em Cagliari e ao serviço da seleção portuguesa. Estas situações podem acontecer, ninguém é perfeito. Temos de aceitar que os jogadores tenham momentos difíceis e apoiá-los como eu e o Zlatan Ibrahimovic fizemos com o Rafa, dando apoio e críticas construtivas. Somos uma família», garantiu.
Moncada recorda a primeira vez que viu Leão a jogar, quando tinha 17 anos pelo Sporting. «Jogava como número 10, um avançado de apoio, mas tinha muita liberdade e um perfil interessante. Era alto, ágil, tinha uma técnica fantástica e marcou um golo com uma confiança incrível», revelou.
