O Manchester United atravessa um período conturbado, com uma sucessão de treinadores que não conseguiram devolver ao clube a grandeza de outrora. No entanto, este cenário não será permanente, pois como «um gigante», nas palavras do autor, o clube irá reencontrar o caminho certo, embora não se saiba quando.
É neste contexto que Rúben Amorim, treinador do Sporting, surge como um possível candidato para assumir o comando técnico do Manchester United. Apesar de estar a lutar por um bicampeonato histórico com o clube lisboeta, a oportunidade de treinar «o 14.º classificado da Premier, em agonia no pós-Ferguson» pode ser tentadora para o jovem técnico português.
A experiência no Sporting
A passagem de Rúben Amorim pelo Sporting é apontada como um fator que poderá ajudá-lo a ter sucesso em Inglaterra. Desde a sua chegada a Alvalade, Amorim tem-se destacado não apenas como um treinador com uma filosofia e um sistema de jogo bem definidos, mas também como «a figura central do sucesso leonino».
O treinador tem tido um papel determinante na definição do mercado e na comunicação do clube, assumindo praticamente os papéis de Frederico Varandas, presidente do Sporting, e Hugo Viana, diretor desportivo, o que demonstra a sua capacidade de liderança e de gestão de um projeto desportivo.
A oportunidade do Manchester United
A possibilidade de treinar o Manchester United é vista como uma oportunidade única para Rúben Amorim. Além da qualidade do campeonato inglês e da possibilidade de trabalhar com jogadores de alto nível, há também o «aspeto financeiro» a considerar.
No entanto, a decisão de Amorim não será fácil, pois a ligação que construiu com o Sporting é forte, e «há comboios que só passam uma vez». O clube deve muito ao talento do treinador, que se serviu do Sporting para se construir enquanto técnico, e por isso «tem de haver também gratidão».
O dilema de Rúben Amorim
A situação é «obviamente, delicada» tanto para Rúben Amorim quanto para o Sporting. Emocionalmente, a saída do treinador pode ser «difícil de entender», mas racionalmente, «há comboios que só passam uma vez» e o Manchester United é um desses clubes que «nunca se recusam».
O equilíbrio entre a gratidão pelo que Amorim fez pelo Sporting e a tentação de aceitar o desafio do Manchester United «nunca será fácil». O tempo gasto a ponderar a decisão «pode ser contraproducente para o ambiente que rodeia a equipa», mas Amorim terá de encontrar a resposta certa para si e para o seu futuro.