Poucos meses depois de se ter despedido do Sporting, o guarda-redes Adán guarda boas memórias da sua passagem por Portugal. Em entrevista ao jornal espanhol AS, o experiente jogador espanhol, de 37 anos, partilhou os motivos que o levaram a não renovar contrato com os leões e fez uma análise do seu período no Sporting.
«Em quatro anos joguei praticamente tudo. O normal seria ter jogado tudo até ao final da época, mas lesionei-me. E havia também a questão contratual, tinha de cumprir uma série de jogos para renovar automaticamente. O clube tinha outro pensamento de apostar em jogadores mais jovens e entendo que também não queriam que eu fosse de jogar sempre para ficar no banco. Falámos entre todos e decidimos que o melhor era finalizar aquela etapa», explicou Adán.
Uma aposta acertada
Apesar de ter tido a primeira oportunidade de rumar a Alvalade em 2018, Adán só se concretizou a transferência em 2020. «Era um projeto novo, o presidente [Frederico Varandas] estava lá há ano e meio, o treinador [Rúben Amorim] era um tipo jovem que queria mudar aquilo. A minha dúvida é que estava lá o [Luís] Maximiano, que hoje está no Granada, que era a aposta. Mas desde o primeiro dia confiaram muito em mim e podia ter jogado noutro clube em Espanha, mas queria uma equipa, mesmo que fosse no estrangeiro, que tivesse a ambição de ganhar títulos e de competir na Europa. Acertei, porque o que conseguimos naquele primeiro ano foi espetacular. Não só o título nacional, também as taças. Fui eleito o melhor guarda-redes do campeonato. Ia para dois anos e acabei por ficar quatro», salientou o espanhol.
O treinador que mais o marcou
Adán particularizou Rúben Amorim como o treinador que mais o marcou na carreira «devido aos títulos». Elogiou também a evolução de Pedro Porro, considerando que o lateral espanhol tem «o próximo passo chegar ao Real Madrid».
Quanto ao seu futuro, o experiente guarda-redes não nega a possibilidade de ingressar num clube para ser suplente, mas admite que a prioridade é «jogar». «Suplente? Se fosse um clube grande, onde possa ganhar títulos, não descarto. Mas, obviamente, o que quero é continuar a jogar. Fiz quatro anos muito bons em Portugal, competi na Europa no ano passado, por isso não tenho essa sensação de não jogar e ter que conformar-me com qualquer coisa. Espero que haja condições para encontrar um sítio onde possa jogar», rematou.