Chuteiras adequadas ao relvado
O treinador do Sporting, Rúben Amorim, reconheceu que a sua equipa escorregou muito mais do que o adversário durante o empate (1-1) frente ao PSV, na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa após o jogo, o técnico explicou que os jogadores devem ser capazes de escolher o tipo de chuteiras mais adequado ao relvado.
Nós escorregámos muito mais do que o adversário e temos de ter isso em atenção. Também preferimos treinar em Lisboa, porque treinamos pouco e parece-nos mais importante ter um treino tático que ninguém está a ver do que haver uma adaptação ao campo. E às vezes pode ser essa a diferença de se conhecer bem o piso e escolher bem as botas, afirmou Amorim.
Responsabilidade dos jogadores
O treinador do Sporting considerou que os jogadores, por serem profissionais, já deveriam saber qual o tipo de chuteiras mais adequado para cada relvado, sem ser necessário o treinador a indicar.
Já estamos numa fase do jogador profissional que tem de saber e não ser o treinador a dizer, como antigamente, que toda a gente tem de ir de alumínio. É algo que os jogadores já têm de saber, porque são profissionais de futebol e homens, vincou.
Daniel Bragança deveria ter começado
Amorim admitiu também que deveria ter apostado em Daniel Bragança de início, reconhecendo que o médio provou na segunda parte que poderia ter sido uma boa opção para o onze inicial.
Vejo o Dani como titular, como disse ontem. Apenas faço opções e no fim do jogo é mais fácil ver quem devia ter jogado, justificou.
O técnico dos leões explicou que não colocou Bragança de início por recear que a pressão alta do PSV pudesse prejudicar o jogador, mas acabou por se enganar nessa análise.
Ausência de Ousmane Diomandé
Quanto a Ousmane Diomandé, Amorim revelou que o médio está de muletas e, por isso, não deverá estar disponível para o jogo com o Casa Pia, no sábado, para o campeonato.
O Ousmane está fora deste jogo [Casa Pia] e depois vamos ver. Estava com dificuldades em pôr o pé no chão, acho que está de muletas, vamos fazer depois uma avaliação, informou.
Análise do jogo
Apesar da derrota, Amorim considerou que a sua equipa melhorou na segunda parte e conseguiu equilibrar o jogo.
Depois, equilibrámos o jogo e na segunda parte foi um jogo partido, oportunidades para os dois lados, o Quaresma a escorregar sozinho, o De Jong a falhar na frente do Franco. Um jogo divertido para as pessoas, difícil para os treinadores. Olhando para o jogo completo, acho que podemos fazer melhor, mas sabíamos que seríamos expostos a coisas que não temos sido e temos muito por onde crescer, analisou.
O treinador do Sporting reconheceu que as mexidas efetuadas na segunda parte, nomeadamente a entrada de Daniel Bragança, complicaram a vida ao PSV.
Obviamente, com a entrada do Dani, tendo o Dani e o Trincão entrelinhas, complicámos muito a vida ao PSV, porque teriam de pressionar com mais homens e deixar o Viktor um para um e o Dani teve uma entrada muito boa e apareceu muitas vezes com a bola descoberta na frente, mas acho que fomos melhorando ao longo do jogo, acabámos por marcar e conseguir o empate, concluiu.