O Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) expressou o seu apoio à queixa apresentada pelas Ligas Europeias e pela Federação Internacional das Associações de Futebolistas (FIFPro) contra a FIFA, relativamente ao novo formato do Mundial de Clubes em 2025, com 32 equipas, e do alargamento para 48 selecções no Mundial de 2026.
Segundo o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, os novos modelos da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência «exigem uma reflexão». «O Mundial de clubes foi uma 'gota' num 'oceano' a transbordar. Critico a forma unilateral e até antidemocrática como o calendário foi imposto, sem consensualização e com a necessidade de articular um calendário já sobrecarregado», afirmou.
Evangelista realça que tanto os futebolistas das ligas mais sonantes, como aqueles das ligas pequenas e médias, nas quais inclui a portuguesa, apresentam sinais crescentes de fadiga. O dirigente acredita que a solução para o problema exige «olhar para as competições como um todo», com vista a «calendários eficientes» que garantam «a saúde e o bem-estar» dos jogadores.
«A conjugação destes calendários afeta o rendimento, a qualidade do jogo, mas sobretudo a saúde física e mental dos jogadores. Esse é o grande desafio do futebol nos próximos anos», reitera Joaquim Evangelista.
A queixa da FIFPro e das Ligas Europeias decorre em paralelo com ações semelhantes, interpostas pela Liga espanhola no tribunal de comércio de Bruxelas e pelos Sindicatos de jogadores de Inglaterra, França e Itália.