Capitão e líder da defesa deixa clube após oito anos
A saída de Sebastián Coates representa um grande desafio para o Sporting. O central uruguaio, que saiu após oito anos como capitão e líder da defesa verde e branca, deixará um vazio difícil de preencher no plantel.
Jorge Amaral, antigo jogador do FC Porto, comentou a situação com alguma ironia, admitindo que «a perda de Coates é muito importante» para o Sporting. O ex-guardião azul e branco lembrou que «oito anos num clube não são oito meses ou oito semanas» e que Coates era «um jogador que a gente gostava de ver» e «uma pessoa equilibrada», sendo «uma peça importante no vértice com leitura de jogo».
Rúben Amorim pode pedir reforço para a defesa
Amaral admite que o treinador Rúben Amorim tenha pedido um reforço para a defesa, depois da chegada de Zeno Debast. «Se mantiver a estratégia como tem tido ultimamente das contratações até terem resultado, até pode ir buscar alguém que possa safar», prevê o antigo jogador dos portistas, esperando que o 'reforço' não dê pelo nome de «VMOC».
Esta alusão refere-se a um negócio financeiro que a SAD sportinguista fez com a banca há poucos anos, envolvendo a compra dos chamados Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), que eram detidos por instituições financeiras. Através desta operação, o Sporting passou a deter 87,994% da sua própria SAD.
Sporting nega ter tido 'ajuda' de bancos
«Não vão buscar o VMOC porque esse já foi vendido. Esse já foi vendido. Não o vão buscar outra vez», pediu Jorge Amaral, em referência a este negócio que continua a dar que falar.
Os rivais do Sporting defendem que o clube de Alvalade teve perdão dos bancos, mas esta narrativa é contrariada por figuras ligadas ao universo verde e branco. Entre leões é defendida a ideia de que «não houve aqui nenhuma ajuda de terceiros, nenhum subsídio oficial».
«Favorecimento existe quando estamos a falar de entidades públicas, o Sporting negociou com entidades privadas. Isto não é pagar 500 euros pelo centro de estágios do Olival. Isso, sim, é que é um caso chocante de ajudas públicas», salientou o ex-dirigente leonino Carlos Barbosa da Cruz, há poucos meses.