O treinador do Sporting, Rúben Amorim, expressou preocupação com a fadiga dos jogadores da equipa, levando a críticas por parte de um antigo treinador-adjunto do clube. Após os últimos jogos, Amorim admitiu que vários atletas estão fatigados e com 'falta de frescura', justificando a gestão que tem feito nas partidas.
«No meu entender, Amorim errou ao ter esse discurso do cansaço. Não o teria expressado publicamente. Ao falar do cansaço dos jogadores e da equipa, o treinador pode estar a arranjar desculpas para os seus futebolistas», comentou Luís Martins, antigo treinador-adjunto do Sporting. Ele também destacou a importância da gestão cuidadosa da fadiga acumulada para evitar lesões, ressaltando que esta é uma questão inevitável nesta altura da temporada.
Martins abordou a prioridade entre competições, referindo-se à escolha do onze titular frente à Atalanta como um indicativo. «Ao escolher o onze que foi titular frente à Atalanta, isso parece-me evidente. Tal não significa que não pudesse discutir o jogo com aqueles jogadores, sendo certo que a Atalanta é uma equipa fortíssima da Serie A e voltou a demonstrá-lo», afirmou o antigo treinador-adjunto.
Além das questões de fadiga, Martins analisou a profundidade do plantel do Sporting em comparação com os rivais Benfica e FC Porto. «No início da época, o Sporting fez muito boas escolhas com as contratações realizadas. Garantiu jogadores que ajudaram a mudar a forma de jogar da equipa. Mas parece-me que não conseguiu acautelar grande profundidade no plantel. Isso é sobretudo evidente em termos de soluções para o meio-campo e ataque», comentou Martins, destacando a importância de ter alternativas para lidar com possíveis lesões ou fadiga dos jogadores.
Num outro contexto, André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, fez críticas à atual direção do clube, apontando o dedo ao passivo e à falta de criação de riqueza com as vendas de jogadores ao longo dos anos. «Há muito dispêndio de dinheiro que está relacionado com comissões, intermediações, pagamentos a clubes terceiros, pagamentos a clubes formadores, e a realidade é que o FC Porto nos anos onde vendeu mais não conseguiu criar riqueza», afirmou Villas-Boas.
O antigo treinador do FC Porto também abordou a questão do crescimento do clube a nível nacional e internacional, criticando a postura bairrista da atual direção. «Acabámos por nos tornar infelizmente num clube fechado, bairrista. Isso, em vez de crescermos nacionalmente como o melhor clube português, com o maior número de associados», comentou Villas-Boas. Ele também elogiou o treinador Sérgio Conceição, mas apontou que este 'mascarou o estado real das coisas que se passam no topo na Direção'.