O Sporting cumpriu a missão e venceu o Farense, num jogo eletrizante, por 3-2, subindo à liderança do campeonato ainda antes do Clássico. Rúben Amorim, em conferência de imprensa, analisou a vitória e projetou dificuldades para a ponta final da época.
Rúben Amorim destaca desempenho da equipa e aponta desafios futuros
«Gostei de tudo, tirando a eficácia ou ineficácia da nossa parte, o jogo deveria ter ficado resolvido na primeira parte, tivemos muitas ocasiões e falhámos golos feitos. O Farense foi uma vez, fez o 2-1, depois o canto. As oportunidades foram nossas. Havia jogadores que já não queriam pressionar e não queríamos partir o jogo. O Farense das cinco ligas é a equipa na Europa que bate mais a bola na frente. Controlámos bem, é uma vitória completamente justa, num jogo que se complicou e no qual depois senti algum cansaço da equipa», afirmou Amorim.
«Com o desenrolar do campeonato vai tornar-se mais difícil e os sportinguistas vão sofrer de coração nas mãos. Já houve fases de fartura em que marcávamos cada vez que íamos à baliza, desta vez não conseguimos. Não sinto que a equipa mereça sofrer estes golos. São golos que acontecem quando temos o domínio completo do jogo. Se tivéssemos para treinar o foco não seria na defesa, porque não deixámos criar. Seria no ataque. Hoje tivemos situações de quatro para um e de três para um e não conseguimos marcar. Merecemos a vitória, mas deveria ter sido sem este sofrimento», acrescentou o treinador do Sporting.
Dificuldades esperadas e elogios ao adversário
Rúben Amorim admitiu que esperava dificuldades por parte do Farense: «Obviamente e o futebol é mesmo assim. O que parecia fácil... E entrámos com boa dinâmica, estivemos sempre mais perto do terceiro golo que o Farense de um golo, mas as coisas acontecem. Hoje quero realçar o trabalho deles e não vou bater nos meus jogadores, deram o máximo e estou muito orgulhoso da minha equipa.»
O treinador também destacou a importância de jogadores como Daniel Bragança: «É a dupla mais utilizada e estão também bem porque há uma equipa por trás. O Dani melhorou muito, aproveitou para preparar poder físico, tem uma janela diferente para fazer um jogo diferente. O treinador aprendeu a utilizá-lo de forma melhor. Queria que fizesse um bocado o que Matheus Nunes fazia, o que não foi muito inteligente, agora joga mais como dez. Foi capitão, fez um grande golo, é um grande miúdo e um jogador muito importante para nós.»
No final, Amorim ressaltou a imprevisibilidade do campeonato e a necessidade de manter o foco: «No campeonato está tudo em aberto. Todas as equipas vão perder pontos. Esta sequência de jogos tem muita influência. Hoje era ganhar o jogo e fizemos uma boa exibição. A de hoje não tem nada a ver com a de Faro, onde estávamos a ganhar 2-0 com mais um. Hoje sofremos nas poucas oportunidades que tivemos e falhamos muitos golos, o que não aconteceu em Faro.»