Isaías, que representou o Benfica entre 1990 e 1995, acredita que as arbitragens foram um fator determinante na sua falta de sucesso em termos de títulos. Referindo-se ao caso Apito Dourado, o brasileiro argumentou que houve evidências de influência externa nos resultados dos jogos. 'Muito disso ficou provado com o Apito Dourado. Era difícil', disse Isaías.
Durante a entrevista, Isaías também falou sobre a intensidade do futebol português naquela época. Ele mencionou alguns dos adversários mais duros que enfrentou, como Oceano do Sporting, Eusébio do Beira-Mar e Bobó do Boavista, além de todos os jogadores do FC Porto. O avançado também lembrou de um encontro particularmente brutal com Carlos Mozer, que mais tarde se tornou seu colega no Benfica. 'Fez-me uma voadora em que tive de pular para não ir parar à vedação', revelou Isaías.
Apesar dos desafios enfrentados em campo, Isaías descreveu a confiança que tinha no seu forte pontapé. Ele explicou que nos treinos, rematava cem vezes para fazer um golo. 'Ficava lá a rematar com chuva e com frio porque sabia que em algum momento iria dar', disse o antigo avançado. Isaías também compartilhou uma história memorável envolvendo um jogo contra o Farense, onde conseguiu marcar um golo de canhota. 'Quando enxergava a linha da grande área, não tinha para ninguém. Podia errar, mas a meta era essa', concluiu.
Isaías, que ganhou dois campeonatos pelo Benfica, deixou uma marca indelével nos corações dos adeptos encarnados. A sua convicção de que teria conquistado mais títulos com a ajuda da tecnologia apenas reforça a sua importância na história do clube.